O primeiro-ministro, António Costa, estará em Tunes estas segunda e terça-feira para participar na 4ª Cimeira Luso-Tunisina, com a qual Portugal pretende reforçar uma parceria estratégica política e económica com este país do norte de África.

Além de António Costa, a comitiva do Governo português, que se desloca na manhã desta segunda-feira para a capital tunisina em avião militar, integra também os ministros dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, e da Economia, Manuel Caldeira Cabral.

Com os representantes do executivo português viajarão ainda os presidentes da AICEP (Agência para o Investimento e Comércio Externo Português), Luís Castro Henriques, e o presidente do Instituto Camões, Luís Faro Ramos.

Do ponto de vista institucional, a 4.ª Cimeira Luso-Tunisina começa ao fim da tarde desta segunda-feira com uma reunião a sós de António Costa com o primeiro-ministro da Tunísia, Youssef Chahed, na sede da Presidência do Governo, o Kasbah.

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A este encontro entre os chefes dos dois executivos seguir-se-á uma reunião plenária entre os membros dos dois governos, que deverá durar cerca de uma hora e finda a qual estão previstas declarações à imprensa.

“A realização de mais esta reunião de alto nível é uma expressão de apoio de Portugal à transição democrática na Tunísia e um sinal claro da vontade portuguesa de aprofundar as relações com este país nos planos político, da segurança, da economia e cultura”, disse à agência Lusa fonte do Governo português.

Durante as 48 horas de presença em Tunes, à margem da reunião formal entre os dois governos, o primeiro-ministro encontra-se esta tarde com estudantes e professores de português no Liceu Sadiki, e na terça-feira, de manhã, é recebido pelo chefe de Estado da Tunísia, Béji Caïd Essebsi.

Antes de regressar a Lisboa, o líder do executivo português fará ainda uma intervenção no encerramento de um seminário empresarial dedicado às relações luso-tunisinas.

No plano das relações económicas, o Governo português considera existirem oportunidades para o aumento das exportações e para expansão de investimentos na Tunísia, particularmente em setores como o turismo, o ambiente e a água.

“Nos diversos encontros bilaterais até agora realizados, os governos de Portugal e da Tunísia têm sempre manifestado interesse em transpor o excelente relacionamento político para o plano económico”, declarou à agência Lusa fonte do executivo de Lisboa.

Além da economia, as questões da segurança e do combate ao terrorismo estarão também em destaque na agenda dos governos de Portugal e da Tunísia, país que atravessou grande parte deste ano em estado de emergência.

A Tunísia sofreu três ataques terroristas em 2015: no Museu Bardo, onde faleceram 22 pessoas; num hotel à beira praia, que resultou em 38 mortos; e no centro da capital num autocarro que transportava guardas presidenciais, que causou 12 mortos.

Estes três ataques foram reivindicados pelo grupo que se designa Estado Islâmico.