A Cruz Vermelha Portuguesa (CVP) vai criar uma unidade para abastecimento de água potável e redução dos problemas de saneamento em catástrofes como os incêndios deste verão, anunciou Francisco George, que quinta-feira toma posse como presidente da instituição.

Em entrevista à agência Lusa, na véspera da cerimónia de tomada de posse como 24.º presidente da CVP, Francisco George afirmou que “as questões de água e saneamento falharam nos incêndios recentes”.

Já aprovada em reunião de direção, a criação desta unidade deverá acontecer antes do final do ano e visa “assegurar o abastecimento de água potável para consumo humano, mas também para consumo animal, em caso de necessidade”, assim como criar “medidas que possam reduzir os problemas em termos de saneamento”.

Estamos inspirados e guiados pelo exemplo do Japão que tem tecnologias muito avançadas para tornar a água imprópria em potável e em termos de saneamento igualmente, devido às experiências que infelizmente têm tido com os tsunamis e com os grandes terramotos”, disse.

A medida vai avançar “em conjunto e sempre em diálogo com os organismos que dependem do Estado, do Governo ou de outros órgãos de soberania”.

Temos falado muito com o INEM e estamos articulados na perspetiva de complementar e estar, de forma articulada, presentes nesses teatros, nessas situações que precisam de respostas muito rápidas”, adiantou.

O antigo diretor geral da Saúde explicou que o objetivo da medida é “fazer com que no local da tragédia, da catástrofe, onde é preciso, apareça rapidamente e sem demoras uma unidade capaz de assegurar o abastecimento de água potável e de reduzir os problemas em termos de saneamento”.

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