O secretário para os Assuntos Sociais e Cultura do Governo da Região Administrativa Especial de Macau considera que o Congresso da APAVT na cidade ajuda ao desígnio do Governo Central de transformar a Região num centro mundial de turismo e lazer.

No discurso de abertura do 43.º Congresso Nacional da Associação Portuguesa das Agências de Viagens e Turismo (APAVT), Alexis Tam, começou por dizer que “enquanto destino anfitrião do evento deste ano é extremamente gratificante verificar a mobilização que o Congresso Nacional da APAVT em Macau gerou”.

Não só por ter superado as expectativas em termos de adesão, como pelo facto de ter atraído a Macau “tantos profissionais dos mais diversos setores da atividade turística” de Portugal.

O Congresso Nacional da APAVT tem ajudado a erguer, ao longo das últimas cerca de três décadas, uma importante ponte de ligação entre Macau e Portugal ao nível do turismo. Desde o primeiro congresso realizado em Macau, em 1982, esta é a quinta vez que o nosso destino acolhe a reunião magna do turismo português, e a segunda desde o estabelecimento da Região Administrativa Especial de Macau. Estes congressos têm permitido proporcionar uma atualização regular sobre Macau aos operadores turísticos portugueses e renovar as nossas relações de amizade”, afirmou Alexis Tam.

Assim, para além de servirem como “uma plataforma de serviços para a cooperação económica e comercial entre a China e os países de língua portuguesa”, o acolhimento do Congresso da APAVT em Macau insere-se no desígnio do Governo Central para o desenvolvimento da Região Administrativa Especial de, neste caso, “transformar Macau num centro mundial de turismo e lazer”.

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Ao nível deste último objetivo, “tal envolve objetivos mais abrangentes, que têm a ver com a melhoria do bem-estar da população, da diversificação da economia da cidade e da prossecução de um desenvolvimento sustentável. O turismo ocupa, naturalmente, um papel central neste processo, dada a preponderância da indústria na economia local e na vida quotidiana da população”, acrescentou.

Nos últimos anos, explicou, o principal objetivo do trabalho desenvolvido quer pelo governo, quer pelo setor privado, tem sido o de “diversificar a indústria turística, tirando partido da recente grande expansão da oferta turística”.

O governante lembrou ainda que em 2016 assinou, em Macau, com o ministro da Economia português, Manuel Caldeira Cabral, um Protocolo de Cooperação no Domínio do Turismo, que reconhece “a relevância do turismo para o desenvolvimento de ambas as economias, encoraja o reforço das relações bilaterais através do turismo e estimula a cooperação em vários níveis na área do turismo”.

Alexis Tam acrescentou ainda contar com “o entusiasmo e a determinação dos operadores turísticos para apostarem em estratégias que gerem maiores fluxos turísticos”, assinalando o Congresso Nacional da APAVT como “uma oportunidade, por excelência”, para continuarmos a aprofundar as “boas relações e a dinamizar a oferta de pacotes e roteiros turísticos”.

A inauguração dos voos diretos entre Pequim e Lisboa, com uma ligação a Macau, foi também apontada – tal como o fez também a secretária de Estado do Turismo de Portugal, Ana Mendes Godinho – “um passo histórico que há que aproveitar”.

A reunião magna da APAVT, que integra profissionais de todas as áreas do setor do Turismo, conta este ano, em Macau, com “mais de 700 congressistas, sendo 650 portugueses”, disse fonte oficial da associação à agência Lusa.

Este número de congressistas é “a maior afluência dos últimos 20 anos, tendo ultrapassado todas as expectativas”, disse a mesma fonte à Lusa, o que obrigou pela primeira vez na história da associação a suspender inscrições.