O antigo ministro Correia de Campos criticou os pagamentos em atraso na saúde, considerando que levam a gastar mais dinheiro e a gastá-lo de forma pior.

Numa conferência esta quinta-feira em Lisboa, António Correia de Campos considerou que as dívidas na saúde representam uma “dupla racionalidade”, porque “não significam gastar menos” e porque o dinheiro para as pagar acaba sempre por aparecer.

O ex-ministro socialista da Saúde considerou que não se trata de falta de dinheiro, porque ele acaba sempre por aparecer para se pagarem as dívidas ou colmatarem os pagamentos em atraso.

“As dívidas são sempre pagas e o dinheiro vai ser gasto de forma menos racional. (…) Temos uma postura de suborçamentação, mas não uma postura de subgasto”, afirmou Correia de Campos durante a conferência “Garantir o Acesso dos Portugueses à Inovação em Saúde”, organização pela Associação da Indústria Farmacêutica (Apifarma).

O antigo ministro considera que, pagando mais tarde, “o Estado acaba por gastar mais”, entendendo que os gastos acabam por ser mais irracionais.

“Os atrasos acabam por aumentar os preços dos bens a adquirir”, defendeu Correia de Campos, adiantando ainda que os pagamentos em atraso penalizam os bons gestores e beneficiam os menos bons.

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