A juíza que está encarregue do caso do submarino que desapareceu na Argentina, com 44 tripulantes, afirmou esta quinta-feira que é “apressado avançar com qualquer hipótese”, referindo que não tem os elementos necessários para avançar com a investigação.

“Como o chefe da Marinha me explicou, estes navios não possuem caixa negra. A caixa negra de um submarino é o próprio submarino”, afirmou a magistrada Marta Yáñez, que pertence ao tribunal federal de Caleta Olivia, na província do sul de Chubut, em declarações à agência noticiosa Télam.

A Marinha argentina divulgou hoje que a avaliação feita à “anomalia hidro-acústica” detetada na zona onde foi localizado o submarino argentino San Juan a 15 de novembro, data do desaparecimento daquela unidade, revelou características de uma eventual “explosão”.

Um relatório recebido esta quinta-feira pela Marinha da Argentina indicou que naquele dia ocorreu “um acontecimento anormal, curto, violento, sem origem nuclear, correspondente a uma explosão”, afirmou, em declarações à imprensa, o porta-voz da Armada argentina, Enrique Balbi.

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O submarino argentino San Juan está desaparecido há oito dias no Oceano Atlântico, com 44 tripulantes a bordo.

Nas mesmas declarações, Enrique Balbi frisou não existirem quaisquer indícios de que tal explosão possa estar ligada a um ataque ao submarino da Armada argentina.

Marta Yáñez explicou que vão procurar reunir todas as provas que possam existir “se houver restos do submarino”, salientando que, até ao momento, não existe um crime para investigar.

“Estas são circunstâncias muito particulares, de um acontecimento sem precedentes na Marinha argentina. Hoje é apressado avançar qualquer hipótese dado que não temos os elementos necessários que nos ajudem a iniciar a investigação formal, porque não sabemos com o que contar”, salientou.