A adesão à greve dos trabalhadores da saúde, que se iniciou à meia noite desta sexta-feira, relativamente ao turno da noite foi elevada, de acordo com o sindicalista José Abraão, salientando que na manhã desta sexta-feira várias consultas, exames e cirurgias vão ser afetadas pela paralisação.

Em declarações à agência Lusa, o secretário-geral da Federação Sindical da Administração Pública (FESAP), José Abraão, não quis avançar com percentagens relativamente ao turno da noite, mas adiantou que “são muito elevados”.

No que diz respeito ao turno da noite, há números muito significativos que inviabilizaram a resposta imediata do serviço. (…) Os serviços estão a trabalhar com deficiências. No Porto e em Lisboa e nos hospitais do interior do país, temos uma resposta superior à da última greve da saúde”, sublinhou.

O dirigente lembrou que esta é uma paralisação dos assistentes técnicos, dos assistentes operacionais e também dos técnicos de diagnóstico e terapêutica, cuja carreira foi recentemente negociada, mas ainda não está regulamentada, e que estão em greve há 20 dias.

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No turno da manhã que começa às 08:00 prevê-se uma grande adesão. Temos consultas que não se vão fazer, outras foram desmarcadas e outras vão realizar-se com atrasos. Há cirurgias programadas que provavelmente terão dificuldades em se realizar”, disse José Abraão, remetendo mais informação para mais tarde.

Os primeiros dados referentes à greve dos trabalhadores da saúde, divulgados no início da madrugada, nos hospitais do distrito de Lisboa davam uma adesão superior a 80% atingindo, no caso do Amadora-Sintra, os 100%, segundo a Federação, da CGTP.

O dirigente sindical considerou que é importante que o Governo “não reduza” os problemas laborais na saúde [apenas] “aos médicos e enfermeiros, que têm feito excelente trabalho”, mas que aprove melhorias para todos os profissionais, uma vez que todos são necessários ao funcionamento dos serviços.