O Ministério da Saúde brasileiro anunciou esta sexta-feira que nos últimos quatro anos se registou um aumento de 18% no número de diagnósticos de sida.

De acordo com o Relatório de Monitoramento Clínico da Sida, estima-se que em 2016 aproximadamente 830 mil pessoas viviam com sida no país, dessas, 694 mil (84%) estavam diagnosticadas e 655 mil (79%) recebiam tratamento vinculado a algum serviço de saúde.

O número colocou o Brasil perto das metas 90-90-90 do programa para sida da Organização das Nações Unidas até 2020, que prevê o diagnóstico de 90% dos infetados com o vírus.

Ainda em relação às metas da ONU, o Ministério da Saúde brasileiro acrescentou que “observa-se que das pessoas em tratamento, há pelo menos seis meses, em 2016, 91% atingiram supressão viral (…) proporção de 6% acima da observada em 2012 (85%) e ultrapassando a meta estabelecida”.

O relatório indicou que a maior vulnerabilidade dos brasileiros com sida está entre os jovens. Apenas 56% das pessoas diagnosticadas com Sida em idade de 18 a 24 anos estavam em tratamento no Brasil, e desses, menos da metade apresentavam supressão viral.

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Também considera preocupante a taxa de abandono ou interrupção do tratamento, que ficou em 9% em 2016, mantendo-se praticamente constante desde 2013.

Nos primeiros seis meses de 2017 o Governo brasileiro indicou que quase 35 mil pessoas iniciaram terapia antirretroviral no país.

O ministro da Saúde, Ricardo Barros, comentou os avanços apontados pelo relatório ressaltando a importância da manutenção das ações de prevenção e controlo da sida.

“Os resultados observados no relatório refletem os esforços de um conjunto de ações realizadas por diversos atores, em diferentes níveis de gestão, para a redução da transmissão da Sida e a melhoria da qualidade de vida das pessoas que vivem com Sida no país”, observou.

Lançado pelo segundo ano seguido, o Relatório de Monitoramento Clínico da Sida reúne e analisa as informações dos principais indicadores de monitoramento da doença no Brasil até 30 de junho de 2017.