Há pessoas desaparecidas e vítimas indiretas nos incêndios de outubro que não constam da lista oficial de mortos divulgada pelas autoridades. O alerta foi dado por familiares destas vítimas e, a ser validado, fará subir o número de mortos para as 50 vítimas, escreve o Jornal de Notícias.

Um dos casos que não constam do balanço oficial do Ministério Público é o do pai de Paulo Rocha, de 94 anos, que sofreu um AVC quando lutava contra as chamas que lhe tomavam a casa, em Oliveira de Frades, na noite de 15 de outubro. Não foi contabilizado como morte relacionada com o incêndio. Outro caso é o de Joaquim Costa, 66 anos, que morreu na sequência de um ataque cardíaco em Tondela, na madrugada de 16. Estava, junto com os vizinhos, a tentar proteger-se das chamas.

Maria Oliveira, 85 anos, sofreu uma queda quando se protegia das chamas, em Penacova. A autarquia chegou a contabilizá-la como vítima do incêndio mas o nome não aparece na lista oficial. Há, segundo a GNR, outros dois casos de desaparecidos, que podem fazer escalar a lista escalar para as 50 vítimas mortais nos incêndios de outubro.

São casos que, ao JN, o Ministério da Justiça promete “analisar”. De qualquer forma, é certo que as omissões terão de ser resolvidas pela “via judicial”. O ministério de Francisca Van Dunem não pretende mexer na lista já elaborada. O ministério explica que a contabilização oficial já integra os nomes de vítimas que foram encaminhadas para o hospital com ferimentos e que depois vieram a morrer. O que não impede que o próprio Ministério Público não conclua, na sua investigação, que os nomes devem fazer parte da listagem oficial de vítimas mortais.

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