O Governo vai assinar em dezembro contratos de financiamento com dois bancos europeus que asseguram os 260 milhões de euros necessários à conclusão do programa nacional de regadios nos próximos anos, anunciou este sábado o ministro da Agricultura. Luís Capoulas Santos disse aos jornalistas, em Soure, que o Banco Europeu de Investimento (BEI) e o Banco de Desenvolvimento do Conselho da Europa (BDCE) aprovaram, na semana passada, os dois financiamentos, de 180 milhões e 80 milhões de euros, respetivamente.

“Os contratos de financiamento serão assinados nos primeiros dias de dezembro”, indicou o ministro da Agricultura, Florestas e Desenvolvimento Rural, à margem de uma sessão de apresentação do projeto Vale do Pranto 1, integrado na obra de regadio do Baixo Mondego, em que participaram algumas centenas de agricultores da região.

Nos últimos dias, o BEI e o BDCE “aprovaram o montante que faltava para garantir a completa execução” do plano de regadios, orçado em cerca de 540 milhões de euros, disse Capoulas Santos, informando que “a diferença será financiada através do Programa de Desenvolvimento Rural (PDR), no âmbito do Portugal 2020. O Governo, segundo Capoulas Santos, pretende concluir o programa nacional de regadios até 2022.

Numa primeira fase, estes investimentos públicos irão beneficiar 90 mil hectares de áreas agrícolas, sendo 49 mil hectares irrigados na sequência do alargamento do projeto do Alqueva, no Alentejo. “A outra metade dos 90 mil hectares é um conjunto de regadios dispersos”, incluindo o Vale do Pranto e o perímetro de regadio do Lis, nos distritos de Coimbra e Leiria, respetivamente, entre outros projetos um pouco por todo o país.

Em termos financeiros, a intervenção no vale do rio Pranto, que corresponde ao bloco 5 da programação do Baixo Mondego, representa uma verba do PDR 2020 de 25 milhões de euros, ou seja, 16% dos apoios aprovados no âmbito da operação “Melhoria da eficiência dos regadios existentes”. “Soure situa-se em segundo lugar de entre os municípios mais beneficiados pelos apoios à reabilitação e modernização de regadios”, segundo um documento que o gabinete do ministro da Agricultura distribuiu aos jornalistas.

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