A justiça do Zimbabué considerou que as ações empreendidas contra o Governo de Robert Mugabe pelos militares quando tomaram o controlo do país na semana passada foram “constitucionais”, segundo a imprensa local.

O presidente do Supremo Tribunal do Zimbabué, o magistrado George Chiweshe, decidiu na sexta-feira que as Forças Armadas tentaram restaurar a ordem no país e que, portanto, atuaram dentro das atribuições que lhes confiaram as leis do país.

As decisões do juiz foram rapidamente criticadas por especialistas em leis e direitos humanos e por aliados próximos de Mugabe e da mulher.

Os militares do Zimbábue enviaram tanques para as ruas durante a noite em 14 de novembro, assumindo o controle da emissora estatal e anunciando que Robert Mugabe estava em prisão domiciliária.

O movimento militar levou o partido no poder a voltar-se contra Mugabe, lançando processos de impugnação antes de Mugabe, na terça-feira, ter anunciado a sua demissão, enquanto dezenas de milhares de zimbabuenses levaram às ruas uma manifestação apoiada por militares, pedindo a Mugabe que se afastasse do poder.

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