O treinador do Benfica, Rui Vitória, afirmou este sábado que a equipa apenas pensa no triunfo diante do Vitória de Setúbal, considerando que o afastamento das provas europeias não favorece a equipa em relação a FC Porto e Sporting.

Em conferência de imprensa de antevisão ao encontro deste domingo para 12.ª jornada da Primeira Liga, Rui Vitória elogia o trabalho desenvolvido por José Couceiro pelos sadinos pelo “futebol positivo” e reconhece que, depois do triunfo na Taça de Portugal (2-0), a abordagem será outra.

“Os jogos a eliminar têm uma abordagem diferente, porque o jogo pode ir a prolongamento e haver grandes penalidades. O Vitória de Setúbal está a jogar bem, vai tentar controlar o nosso jogo. Da nossa parte, o grande foco é ganhar. A bola tem de entrar naquela baliza. O contexto é diferente. Vamos preparar a equipa para ganhar. É claro como a água”, disse.

Para o treinador, o afastamento da Liga dos Campeões, após cinco derrotas (ainda falta o jogo com o Basileia, agendado para 5 de dezembro), não beneficia o Benfica na luta pelo título nacional, quando comparado o calendário do FC Porto e do Sporting.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

“Não vejo que não estar nas competições europeias nos possa beneficiar. Nos anos anteriores, fomos muito à frente na Europa e não deixámos de ser campeões. Quero jogar muitos jogos. Quantos mais houver, melhor”, afirmou.

Rui Vitória salienta que a equipa não está satisfeita com a prestação desta temporada, sustentando que esta tinha capacidade para ter tido melhores prestações, motivo pelo qual quer voltar a estar presente na próxima época.

“Só não tem deceções quem não vive os momentos. Não correu bem. Esses cinco jogos e essa competição, neste momento, já passaram. Para lá estarmos novamente temos de nos focar nos jogos que temos pela frente: campeonato nacional, Taça de Portugal e Taça da Liga. Não há volta para trás, temos é de olhar em frente. Temos de analisar o passado naquilo que é importante”, frisou.

Em relação aos pedidos de dispensa dos árbitros, Rui Vitória compreende a atitude e vai mais longe, adiantando que o clima vivido no futebol português não é da responsabilidade de jogadores, treinadores e árbitros, motivo pelo qual há a necessidade de pensar no negócio do futebol.

“Não vejo os árbitros zangados com os treinadores, os treinadores zangados com os jogadores ou os árbitros e jogadores zangados. Dos principais agentes do futebol, a discussão não anda em torno de jogadores e treinadores. E isso merece reflexão. Há um sinal de alerta que foi agora dado e que se fosse dado há um mês por outra instituição fazia sentido. Os árbitros apenas carregaram no botão”, concluiu.

O Benfica, terceiro classificado da I Liga com 26 pontos, recebe pelas 20:15 de domingo, o Vitória de Setúbal, 15.º com 10, em jogo da 12.ª jornada.