António Pinto Leite, militante e dirigente histórico do PSD de Lisboa, emitiu este domingo um comunicado a dar apoio a Pedro Santana Lopes, embora considere que “os dois candidatos à liderança do PSD são personalidades de peso na política portuguesa”, e mereçam o seu respeito. O seu apoio a Santana é justificado pela “coragem” de defender Passos Coelho e pela “sensibilidade social e proximidade” com a sociedade e com “as pessoas que mais sofrem”.

A declaração escrita do advogado — da sociedade Morais Leitão, Galvão Teles e Soares da Silva — começa por sublinhar uma das fragilidades de Santana: os seus meses como primeiro-ministro, cuja impressão poderá agora reverter. Pinto Leite julga que o candidato à liderança do PSD “poderá rescrever a sua própria história política, interrompida abruptamente em 2004, por uma intervenção excessiva do então Presidente da República, que dissolveu a Assembleia da República quando existia uma maioria absoluta que apoiava o Governo”.

Este antigo líder da distrital de Lisboa diz acreditar no “carisma político” de Santana e na sua “capacidade para vencer um PS que parece indestrutível, mas não é.” António Pinto Leite, que também é presidente do conselho estratégico da Associação Cristã de Empresários e Gestores acha que Santana é um líder mais próximo e sensível: “Acredito na sua enorme sensibilidade social e na sua proximidade com as pessoas que mais sofrem”. Também o considera o líder mais indicado para o PSD em termos de políticas para as empresas: “Acredito que é, de entre os dois candidatos, aquele que mais genuinamente interpretará o clamor da sociedade civil e saberá dar voz na política portuguesa aos sectores dinâmicos e empreendedores da sociedade, base essencial para o nosso desenvolvimento económico”.

Embora Santana Lopes já tenha dito que não governaria para o Exel e tenha criticado o objetivo de défice zero de Rui Rio, António Pinto Leite diz-se “sensível ao modo como Pedro Santana Lopes, com a coragem que lhe é peculiar, defendeu e defende o notável, dificílimo e impopular trabalho realizado por Pedro Passos Coelho na resposta à bancarrota socialista de 2011”. O social-democrata considera a governação de 2011-15 como “património da história do PSD e da democracia portuguesa”.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR