Aproveitando a cerimónia de inauguração do seu novo Centro de Competências em Células de Baterias, que passará a funcionar em Munique, Alemanha, e que resulta de um investimento de perto de 168 milhões de euros, a BMW fixou já novo objectivo, em termos de mobilidade eléctrica: a garantia de uma autonomia de 700 km, nos seus veículos eléctricos do futuro.

A concretização desta ambição passará pela quinta geração do sistema de propulsão eléctrica que deverá ser apresentado ao público em 2021. Ou seja, dois anos depois deste novo Centro de Competências estar totalmente operacional. Ao qual caberá a responsabilidade não só de desenvolver as futuras baterias, como o próprio sistema de propulsão – motor eléctrico, transmissão e unidade de controlo eléctrico da potência, incluídos.

Segundo o fabricante alemão, a abordagem incidirá numa diminuição do número de componentes, o que ajudará também a reduzir os custos e o tempo de produção. Sendo que este novo sistema de propulsão eléctrica não utilizará metais raros – não só para facilitar, mas também para tornar mais barata a nova solução.

Híbridos com autonomias de 100 km

Já os futuros híbridos deverão ser capazes de fazer até 100 km em modo exclusivamente eléctrico. Valor consideravelmente superior, por exemplo, ao Opel Ampera, que permite uma condução eléctrica, sem combustível e isenta de emissões, durante 40 a 80 km.

Graças ao sistema único do propulsor eléctrico e ao design melhorado das baterias, a BMW garante que vai ser possível equipar todos os modelos, do Série 1 ao X7, com motorizações eléctricas e híbridas. Até pelo facto de a solução ser compatível tanto com arquitecturas de tracção dianteira, como traseira. Revelação que coloca, aliás, tanto as Séries 1 e 2, Active Tourer e Gran Tourer, como os Mini, na calha para a electrificação.

“Queremos ser líderes na indústria”, assume Klaus Frohlich, membro do conselho de gestão responsável pela Pesquisa e Desenvolvimento. “Pretendemos focar-nos no desenvolvimento da performance, vida útil, segurança, carregamento, mas também custos das baterias”, acrescenta. Para tal, “especialistas internacionais estão já a trabalhar em novos laboratórios de pesquisa, procurando levar a cabo investigações importantes no domínio do refinamento da química molecular das baterias, assim como no desenho das células”.

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