O Serviço de Proteção da Natureza da Guardia Civil espanhola abriu um inquérito ao atropelamento de um lobo ibérico, uma espécie protegida, por membros de uma equipa de combate aos incêndios da região de Castilla Y Leon em Palencia que, depois de terem matado o animal, fizeram questão de partilhar fotografias nas redes sociais.

O caso chegou às autoridades depois de a Associação para a Conservação e Estudo do Lobo Ibérico (ASCEL) ter denunciado, no passado dia 10 de novembro, as fotografias no Twitter, alertando para o comportamento dos membros da equipa de combate aos fogos. “Foi para contentamento privado ou público, para recordação pessoal, para fazer uma selfie a pousar feliz, etc.?”, questionou a associação, referindo-se à imagem que mostra um dos trabalhadores a segurar o lobo morto pelas orelhas.

De acordo com o El País, o atropelamento aconteceu a 2 de novembro a caminho de Palencia. A empresa llama Tragsa — cujo logótipo é visível na carrinha que atropelou o animal –, para a qual os homens trabalham, emitiu um comunicado em que lamenta a divulgação de “a fotografia pessoal do trabalhador com o cadáver do animal”, esclarecendo que o homem que aparece na imagem não tem “qualquer vínculo com a empresa”. “A Tragsa lamenta as más interpretações que podem ter surgido desta publicação.”

O lobo ibérico é uma espécie protegida em toda a Península Ibérica. Estima-se que existam cerca de dois mil animais em território ibérico, 300 dos quais em território português, sobretudo nas regiões centro-norte e norte.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR