A eurodeputada socialista Maria João Rodrigues defendeu esta sexta feira, em declarações à agência Lusa, que a eleição de Mário Centeno como presidente do Eurogrupo seria “excelente”, pois garantiria que a reforma da Zona Euro interessaria a países como Portugal.

“A candidatura de Mário Centeno está bem encaminhada (…), mas seria excelente porque permitira garantir que esta reforma da Zona Euro irá no sentido do que interessa a países como Portugal, que é pôr a Zona Euro a convergir, a melhorar o crescimento e os padrões de vida em todos os Estados membros da Zona Euro”, disse a “número três” do grupo Partido Socialista Europeu (PSE).

Para Maria João Rodrigues, a candidatura de Mário Centeno é o “culminar de um trabalho de fundo”, que começou com o Governo socialista a “reorientar a política económica” em Portugal, “permitindo a retoma do crescimento e do poder de compra”.

“Mas sabíamos que havia uma decisão chave a tomar sobre como reformar a Zona Euro para que permita novamente aos seus Estados membros começar a convergir e a crescer. Estamos a quatro dias de a Comissão Europeia apresentar a sua proposta de reforma e é fundamental que seja combinada com outra liderança à frente do Eurogrupo”, defendeu.

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Questionada pela Lusa sobre a possibilidade de o atual ministro das Finanças não conseguir ser eleito, Maria João Rodrigues escusou-se a responder, insistindo na ideia de que a candidatura de Mário Centeno está “bem encaminhada”.

“Não vou fazer esse tipo de prognósticos, porque acho que a candidatura de Mário Centeno está muito bem encaminhada. Não posso estar a antecipar resultados porque ainda temos pela frente um processo com quatro candidatos”, respondeu.

Sobre a candidatura de António Vitorino à liderança da Organização Mundial para as Migrações (OIM), conhecida também quinta-feira, a eurodeputada portuguesa considerou-a “uma excelente escolha”.

“António Vitorino é reconhecidamente dos melhores, se não o melhor, especialistas em gestão internacional de migrações. Já o provou enquanto comissário [europeu da Justiça e Assuntos Internos — 1999/2004], tem-se mantido ativíssimo nessa matéria na frente europeia e internacional. É uma candidatura muito bem escolhida e que, a concretizar-se, só vai honrar Portugal”, sustentou.