Em reação às notícias publicadas nos últimos dias sobre a possibilidade de uma norma europeia abolir de vez a comercialização de kebabs (devido à proibição de utilização de fosfatos necessários à conservação da carne utilizada para este snack), a Comissão Europeia diz que não pretende impor proibição nenhuma. “O nosso papel é assegurar que a comida é segura”, esclarece a Comissão Europeia em comunicado enviado às redações.

Segundo a Comissão Europeia, “a utilização de fosfatos não é autorizada em carne fresca”, algo que “não vai mudar”. “Os aditivos alimentares no geral — e os fosfatos em particular –, de acordo com a legislação da UE, não são (nem vão ser) permitidos em carne fresca”, detalha a nota. “Contudo, eles são autorizados numa grande variedade de comida, incluindo em produtos de carne e preparados de carne. A extensão do seu uso aos espetos verticais de carne congelados não tem um impacto significativo na exposição geral aos fosfatos”, esclarece a Comissão.

União Europeia pode acabar com os kebabs

Ora é precisamente aqui que entra a polémica. A Comissão Europeia propôs expandir o regime de exceção (ou seja, permitir o uso de fosfatos) nestes espetos verticais usados para os kebabs, e sobre os quais até agora não havia regulação. Esta semana, a comissão de Saúde do Parlamento Europeu emitiu uma resolução a chumbar esta proposta da Comissão Europeia. Apesar disso, a Comissão Europeia argumenta que as autorizações ao abrigo do regime de exceção “têm em conta o limite máximo diário recomendado para a ingestão de fosfatos”.

“A comissão de Saúde do Parlamento Europeu opõe-se a isto, uma vez que vários estudos apontam para um possível risco cardiovascular com a ingestão de fosfatos. O Parlamento Europeu ainda não tomou a decisão final. O Parlamento Europeu como um todo irá votar o assunto durante o plenário de 11 a 14 de dezembro. Posto isto, os kebabs não vão ser banidos”, remata o comunicado da Comissão Europeia.

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