A Coreia do Sul e os Estados Unidos iniciaram esta segunda-feira o mais importante exercício aéreo conjunto, manobra que Pyongyang considerou uma “provocação total”, alguns dias após o disparo de um novo míssil norte-coreano.

O exercício “Vigilant Ace”, que implica 230 aviões, incluindo os caças furtivos F-22 Raptor e dezenas de milhares de soldados, começou esta manhã e deverá prolongar-se por cinco dias, de acordo com a força aérea sul-coreana.

A Coreia do Norte denunciou já esta operação e acusou a administração do Presidente norte-americano, Donald Trump, de “querer uma guerra nuclear a qualquer preço”.

Este tipo de exercícios desencadeiam sempre fortes reações de Pyongyang que os considera como uma preparação para a invasão do seu território. A tensão entre os dois lados da península coreana continua a aumentar e o Norte efetua os seus próprios exercícios militares, incluindo disparos de mísseis.

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As manobras militares conjuntas dos Estados Unidos e da Coreia do Sul foram organizadas cinco dias após o disparo pela Coreia do Norte de um míssil balístico intercontinental (ICBM), que Pyongyang afirmou ser capaz de atingir qualquer parte do território continental norte-americano.

O líder norte-coreano, Kim Jong-un, garantiu que o país se tinha tornado um Estado nuclear, com o ensaio do ICBM Hwasong-15.

Os programas nuclear e balístico da Coreia do Norte registaram grandes avanços desde a chegada de Kim Jong-un ao poder, em dezembro de 2011, apesar das várias sanções impostas ao país pela ONU. A crise entre o dirigente norte-coreano e Donald Trump, marcada também por insultos mútuos, alimenta os receios de um novo conflito, mais de 60 anos depois da Guerra da Coreia (1950-53).