A multinacional holandesa Heineken lançou esta segunda-feira a primeira pedra da sua fábrica em Moçambique, um investimento de 100 milhões de dólares (84 milhões de euros) para produzir oito milhões de litros de cerveja por ano.

A fábrica ficará situada no distrito de Marracuene, província de Maputo, sul do país, numa área de 13 hectares, a cerca de 45 quilómetros da capital, e vai começar a produzir no primeiro semestre de 2019.

Em declarações aos jornalistas, o diretor-geral da Heineken Moçambique, Nuno Simes, afirmou que a unidade irá usar tecnologia de ponta.

“Nós utilizamos a mesma tecnologia em qualquer fábrica. Esta terá também a mais alta tecnologia ao nível dos padrões da Heineken em todo o mundo”, declarou Nuno Simes.

Depois de destacar o histórico das marcas produzidas pela empresa a nível global, o diretor-geral da Heineken enfatizou que, em Moçambique, a empresa vai preparar surpresas ao nível da cerveja que será colocada no país.

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Por seu turno, o diretor da Heineken para África, Médio Oriente e Europa Oriental, Boudewiyjn Haarsma, disse que a juventude da população moçambicana, a crescente urbanização e o crescimento económico justificam a aposta no país.

“Olhamos para Moçambique como um país jovem e em crescimento, com uma população aberta a novas experiências e novas marcas”, frisou.

O estatuto de destino turístico de preferência, de que Moçambique goza, prosseguiu, também pesou na decisão de a Heineken se implantar em Moçambique.

O ministro da Indústria e Comércio moçambicano, Max Tonela, afirmou que o investimento será mais um contributo para as receitas fiscais do Estado moçambicano e mais um passo na estratégia de industrialização do país.

“A implantação deste projeto em Moçambique irá contribuir igualmente para o alargamento da base tributária e para a consolidação das iniciativas de promoção da cadeia de valor”, afirmou Max Tonela.

A unidade fabril da Heineken em Moçambique irá assegurar a substituição de importações de um produto consumido em larga escala, contribuindo para a poupança de divisas e a melhoria da balança comercial do país, acrescentou.