O Supremo Tribunal de Espanha decidiu na manhã desta segunda-feira manter Oriol Junqueras, ex-vice do governo da Catalunha e cabeça de lista da Esquerda Republicana da Catalunha (ERC) às próximas eleições do dia 21 de dezembro na região, em prisão preventiva e sem fiança. Além do antigo número 2 da Generalitat, mais três figuras mereceram o mesmo veredicto por parte do juiz Pablo Llarena: Joaquin Forn, ex-conselheiro do Interior; Jordi Sánchez, líder da Associação Nacional da Catalunha (ANC); e Jordi Cuixart, presidente da Òmnium Cultural.

Decisão diferente tiveram Raul Romeva, Carles Mundó, Dolors Bassa, Meritxell Borràs, Josep Rull e Jordi Turull, os outros seis antigos conselheiros da Generalitat que a Audiência Nacional tinha enviado para a prisão: ficam com uma fiança de 100 mil euros, tendo de cumprir uma série de obrigações como apresentações semanais, retirada do passaporte ou proibição de saída do país.

Jordi Sánchez e Jordi Cuixart, líderes da ANC e da Òmnium, tiveram a mesma pena (GABRIEL BOUYS/AFP/Getty Images)

De acordo com o El País, o juiz considerou que não se deve descartar o risco de fuga nos quatro casos supracitados e que considera a possibilidade de “reiteração criminal”, os dois argumentos que sustentavam a defesa dos líderes independentistas.

“O risco de reiteração das condutas impõe a este instrutor um maior grau de rigor e cautela na hora de conjugar o direito de liberdade dos investigados e o direito da comunidade poder desenvolver a sua atividade quotidiana num contexto sem qualquer risco previsível de suportar comportamentos de lesem de maneira irreparável não só a convivência social ou familia e o livre desenvolvimento económico e laboral mas também a própria integridade física”, defende o juiz Pablo Llarena, numa transcrição destacada pelo El Mundo.

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