O treinador Pedro Martins disse esta quarta-feira que o Vitória de Guimarães precisa de se concentrar em bater o Konyaspor, apesar de precisar de um triunfo do Salzburgo, em Marselha, para seguir em frente na Liga Europa de futebol.

Os vimaranenses partem para a sexta e última jornada do Grupo I no quarto e último lugar, com quatro pontos, mas ainda com hipótese de seguir para os 16 avos de final da prova, precisando para tal de vencer na receção aos turcos, na quinta-feira, e da derrota dos franceses, segundos, com sete, no duelo com os austríacos, já apurados (11 pontos).

O treinador vitoriano sublinhou, por isso, que a equipa, apesar de ter de esperar, tal como o Konyaspor – terceiro, com cinco pontos -, que o “Salzburgo tenha uma noite à Salzburgo”, mostrando ser uma “equipa muito forte”, tem, em primeiro lugar, de “ter a noção” de que precisa de “fazer um bom jogo” na quinta-feira, para se poder apurar.

“O nosso foco e concentração máxima estão neste jogo. Do outro lado, temos uma equipa com qualidade, que demonstrou no último jogo, com o Marselha (1-1), que, se calhar, não dependia de jogos de terceiros, não fosse sofrer o golo aos 90+3 minutos”, adiantou, na conferência de imprensa de antevisão ao duelo agendado para as 20:05, no Estádio D. Afonso Henriques.

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Por ter ainda uma “percentagem” de hipóteses de seguir para os 16 avos, por “muito mínima que seja”, a equipa, reiterou o ‘timoneiro, vai entrar em campo com os jogadores que “estiverem em melhores condições”, sem gestão a pensar no campeonato ou na Taça de Portugal – defronta o FC Porto, no Dragão, a 14 de dezembro, para os oitavos de final.

Aliás, Pedro Martins lembrou que o clube sempre assumiu como objetivo passar a fase de grupos, apesar de “correr por fora” em relação ao Salzburgo e ao Marselha, e disse esperar aproveitar o fator casa, onde os vitorianos conseguiram os seus quatro pontos – empate com o Salzburgo (1-1) e triunfo sobre o Marselha (1-0).

O balanço fora de Portugal saldou-se, contudo, em três derrotas, com o responsável a lamentar a inexperiência revelada por alguns dos elementos mais jovens do plantel, sobretudo na Turquia, onde perdeu por 2-1, num jogo com uma má primeira parte, e em França, onde averbou o mesmo resultado apesar da equipa ter sido “coesa” e o jogo, em muitas fases, “equilibrado”.

“Poderíamos ter sido mais experientes. Houve algum receio na Turquia, na primeira parte, porque era o primeiro jogo fora. Se esta caminhada começasse agora, provavelmente as mentes dos atletas mais jovens teriam sido diferentes, mas é o que é”, analisou.

Com cinco triunfos e três derrotas nos últimos oito jogos, o Vitória, sétimo na I Liga, com 20 pontos, atravessa a melhor série de resultados da época, mas Pedro Martins considerou que a equipa já teve outras “fases boas” em termos exibicionais.

Questionado ainda sobre o desejo expresso pelo presidente do Sporting de Braga, António Salvador, em ter uma final minhota na Liga Europa, o técnico frisou que, no futebol, “nada é impossível”, mas que a “ambição”, quando “não é tão possível de concretizar”, coloca nos jogadores “pressão que não faz sentido nenhum”.

Ao lado do treinador, o extremo Héldon, utilizado até agora nos cinco jogos do Vitória na Liga Europa, admitiu a “sensação” de que se podia ter feito algo mais no Grupo I, mas prometeu que a equipa vai entrar em campo com “seriedade e muita vontade de vencer”, apesar de não depender apenas de si.

O Vitória de Guimarães, quarto e último classificado do Grupo I com quatro pontos, recebe o Konyaspor, terceiro com cinco, na quinta-feira, pelas 20:05, no Estádio D. Afonso Henriques, sob arbitragem do alemão Daniel Siebert.