“A redução da dívida é absolutamente fundamental”, diz Mário Centeno ao jornal Público, naquela que é a primeira entrevista como presidente do Eurogrupo. Centeno afirma existirem alguns componentes “essenciais” para garantir que Portugal evite a situação em que “as nossas economias — não só a portuguesa — estavam em 2008”. No caso português, assegura, o indicador “absolutamente essencial” é “a redução do peso da dívida no PIB”.

Falando sobre as metas impostas no Tratado Orçamental, o ministro das Finanças garante que os “portugueses ainda não perceberam a transcendência do que aconteceu e o que tinha de ser feito”. “O nosso problema ainda era muito um problema financeiro quando este Governo tomou posse”, diz, identificando como ponto de viragem na confiança externa e interna o acordo que o Governo fechou com a Comissão a propósito da Caixa Geral de Depósitos.

Sabemos as exigências que o país ainda defronta e sabemos que o caminho feito até aqui não se repete por si só daqui para a frente. A execução do Orçamento de 2018 e a preparação do próximo estão asseguradas, como temos feito até aqui. Não haverá nenhuma alteração na orgânica da equipa ministerial das Finanças.

O ministro das Finanças português diz ainda estar convicto de que “vivemos, neste momento, uma janela de oportunidade, que pode ser única”, um novo desafio relacionado com “a sincronização dos ciclos políticos na Europa”, que começou em França e que está a acontecer também na Alemanha.

Sobre ter sido apelidado de “Ronaldo do Eurogrupo” por Wolfgang Schäuble, Centeno diz o mesmo que respondeu ao Financial Times: “Ele joga melhor futebol do que eu, mas eu sei mais de economia do que ele”.

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