Em Portugal, e durante largos anos, a margem financeira (que representa a diferença entre aquilo que o banco paga de juros nos depósitos e o que cobra de juros nos empréstimos) servia para cobrir a grande parte dos custos da banca. No entanto, no seguimento da crise financeira e com a acentuada queda desta margem, os bancos foram obrigados a procurar nas comissões um maior contributo para as suas receitas.

Num ambiente de juros historicamente baixos, tem-se assistido a um aumento das comissões bancárias e, desde o início do ano, vários bancos anunciaram revisões em alta dos valores que cobram aos seus clientes pela prestação de serviços. Em causa está o comissionamento em atividades bancárias de rotina, como comissões de manutenção de conta ou em transferências de dinheiro.

Segundo uma análise da DECO, entre 2009 e 2015, as comissões cobradas pelos bancos subiram cerca de 10% ao ano. Perante esta evidência e a conjuntura atual, a Associação de Bancos veio assumir, entretanto, que esta tendência vai continuar, defendendo que a banca tem a necessidade de cobrir os custos dos serviços que prestam. Uma tendência que pode surpreender os clientes por desconhecerem o que pagam por estas comissões.

Exemplos que respondem a novas necessidades

A partir do dia 1 de setembro, o exemplo da Caixa Geral de Depósitos confirma esta tendência. Além de ter também atualizado o seu preçário, o banco público apresentou alternativas ao mercado estabelecendo uma nova tipologia de serviços em que os clientes pagam apenas um valor fixo mensal e sem surpresas por tudo aquilo que lhes faz falta.

Segundo dados avançados por este banco, mais de 700 mil das suas contas à ordem ainda assim beneficiam de isenções – o que, mesmo nesta nova abordagem ao mercado, o coloca entre as entidades com maior taxa de isenção nos custos de serviço.

Todos os clientes que não podem evitar a cobrança de comissões, passam a ter oportunidade de escolher a opção que mais convém às suas reais necessidades de gestão bancária. Tudo devidamente agregado em três soluções multiproduto que respondem a perfis distintos de utilização bancária, cada qual com uma comissão mensal fixa. Isto não só traz maior clareza e transparência na cobrança, como ainda oferece maior facilidade de controlo das despesas pelos clientes.

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