As importações de bens cresceram quase o dobro das exportações de bens durante o mês de outubro, face ao mesmo mês do ano passado, com a economia portuguesa a importar mais um terço dos combustíveis que havia importando no ano passado. As importações cresceram 21,4% em outubro, um ritmo bastante superior ao registado nas exportações, 11,8%, e que provocou um agravamento de 613 milhões de euros no défice comercial.

De acordo com o Instituto Nacional de Estatística (INE), as importações de bens cresceram 21,4% em outubro depois de crescerem apenas 8,5% em setembro, em resultado das compras feitas em Estados-membros da União Europeia, de onde as importações crescera 16,8%, praticamente o dobro do que acontecia em setembro.

A grande variação, em termos relativos, aconteceu na compra de combustíveis, que aumentou 194 milhões de euros, ou 33,6%, face ao que acontecia no ano passado por esta altura. Em valor, o maior aumento verificou-se na compra de bens transformados para a Indústria, que cresceu 335 milhões de euros (22,8% face a outubro de 2016).

O aumento nas exportações de bens foi transversal a toda as categorias de produtos, com especial relevo ainda na importação de máquinas e outros equipamentos, material de transporte e acessórios e nos produtos alimentares e bebidas.

As exportações também cresceram substancialmente face ao que tinha acontecido em outubro do ano passado, mais de o dobro, apesar de terem ficado muito aquém do ritmo de crescimento das importações. De acordo com o INE, as exportações de bens cresceram 11,8% em outubro deste ano, em termos homólogos, fruto também de um aumento no comércio com os países que fazem parte da União Europeia – que compraram mais 14,1% de bens, face ao que tinham feito há um ano.

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