O Presidente das Filipinas pediu ao Congresso o prolongamento por um ano da lei marcial, em vigor na região de Mindanao, onde combatentes do grupo extremista Estado Islâmico tomaram uma cidade durante cinco meses.

“A segurança dos cidadãos requer, indubitavelmente, a extensão [da lei marcial], não apenas para a segurança e ordem pública, mas sobretudo para permitir ao Governo e aos habitantes de Mindanao continuar a enorme tarefa de reabilitar e promover o crescimento e desenvolvimento socioeconómico estáveis”, escreveu Rodrigo Duterte, numa carta.

A proposta de Duterte chega 20 dias antes do fim do atual período e pede o prolongamento da lei marcial até 31 de dezembro de 2018, com o objetivo de conter a ação de movimentos extremistas próximos do EI e a crescente ameaça dos rebeldes comunistas.

Os congressistas filipinos vão reunir antes do final do ano para votar a proposta presidencial. Duterte declarou a lei marcial em 23 de maio, dia em que o grupo radical Maute tomou, pela força, a cidade de Marawi, no noroeste de Mindanao. O período inicial limitado a 60 dias pela Constituição foi prorrogado em julho pelos legisladores até ao final do ano.

As forças armadas filipinas recuperaram a cidade cinco meses depois de combates que causaram mais de 1.100 mortos e a destruição da localidade, que antes do conflito tinha cerca de 200 mil habitantes. A região administrativa de Mindanao é cenário há várias décadas de conflitos entre o Governo e grupos terroristas locais, incluindo alguns com ligações ao EI, como o Maute ou o Abu Sayyaf.

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