Um grupo de bancos brasileiros acordaram esta terça-feira compensar os seus depositantes das perdas que sofreram devido às medidas do governo brasileiro para combater a inflação nas décadas de 1980 e de 1990, resolvendo finalmente mais de um milhão de processos contra o sistema bancário brasileiro. O custo do acordo não é conhecido.

O acordo tem como objetivo compensar os depositantes que perderam as suas poupanças nas últimas décadas do século devido às medidas dos governos de José Sarney e Fernando Collor, como confiscar os investimentos em depósitos que os brasileiros tinham nos bancos brasileiros. De acordo com a justiça, houve seis bancos que subscreveram o acordo, mas mais podem entrar nos próximos 90 dias. Entre os bancos que subscreveram o acordo estão Itaú Unibanco, o Bradesco, Santander Brasil, o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal.

Os depositantes a quem é devido até 5000 reais (cerca de 1290 euros à taxa de câmbio atual) receberá a totalidade do dinheiro quer perdeu, mas quem tiver perdido mais durante esse período deverá sofrer perdas entre os 8% e os 19%.

O montante total que os bancos irão reembolsar os depositantes lesados por estas medidas não foi conhecido. A Reuters calcula que os bancos tenham de gastar cerca 10 mil milhões de reais (cerca de 2,6 mil milhões de euros), ainda assim muito abaixo dos 342 mil milhões de reais (cerca de 88 mil milhões de euros) da estimativa do banco central brasileiro.

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