Superdesportivo nascido da vontade da Aston Martin e da equipa de F1 Red Bull Racing, o Aston Martin Valkyrie tem prevista uma produção de 175 unidades, 25 das quais para utilização exclusiva em pista. E, mais importante ainda, com a promessa de sensações e prestações muito semelhantes às de um Fórmula 1. Motivo suficiente para que o CEO da marca britânica viesse agora afirmar que “seria interessante ver um Valkyrie a correr em Le Mans contra um McLaren P1 ou um LaFerrari”.

Falando à britânica Autocar, Andy Palmer disse que, do seu ponto de vista, uma possível participação na categoria LMP1 do Mundial de Resistência não tem qualquer interesse para a Aston Martin. Contudo, se a FIA estiver na disposição de alterar os regulamentos e passar a permitir que derivados de carros de estrada, como o Valkyrie, possam competir no topo da disciplina, então, o fabricante britânico admite pensar seriamente em envolver-se na competição.

A minha posição pessoal é simples: a Aston Martin nunca competirá numa classe de protótipos, uma vez que isso tem pouca relevância para nós. No entanto, a partir do momento em que permitam que carros de corrida, derivados de automóveis de estrada, possam participar, tudo terá muito mais interesse. Não só para nós, como – suspeito – para o próprio público”, afirmou o CEO da Aston Martin.

Andy Palmer terá sido contactado pela FIA, para dar a sua opinião relativamente aos moldes em que deverão ter lugar as corridas de automóveis, no futuro. “Carros de corrida derivados de automóveis de estrada, a lutarem pela vitória, é manter a história, não só do desporto automóvel, como também das próprias 24 Horas de Le Mans”, defende.

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Acredito que a possibilidade de ver um Valkyrie a correr contra um McLaren P1 ou um LaFerrari, em Le Mans, seria algo de muito interessante, e não apenas para mim.”

Recorde-se que o Aston Martin Valkyrie tem por base um V12 6,5 litros a gasolina naturalmente aspirado que, conjugado com um sistema híbrido, permite-lhe anunciar uma potência acima dos 1.000 cv. Como se isso não bastasse, como Newey caprichou na aerodinâmica, o superdesportivo promete uma velocidade máxima de 402 km/h, ao mesmo tempo que deverá conseguir suportar forças laterais em curva de 3,3G, e uma força resultante da travagem na ordem dos 3,5G.

Cada uma das unidades para utilização exclusiva em pista deverá rondar os 3,4 milhões de euros. Ou seja, cerca de 1,1 milhões mais que um Valkyrie homologado para utilização no dia-a-dia, refere a Autocar.