Há dias, foi a Anheuser-Busch a colocar uma encomenda de 40 unidades do Semi, para transportar as suas cervejas Budweiser. Agora, foi a vez da PepsiCo encomendar 100 camiões eléctricos à Tesla, para deslocar não só as suas Pepsi, como as batatas Lays e os snacks Doritos. É caso para dizer que, se a McDonalds também encomendasse uns quantos veículos pesados movidos a electricidade, passava a ser possível reduzir consideravelmente a pegada ambiental, sempre que decidimos organizar um piquenique com os amigos.

O Semi, que a Tesla tem como objectivo começar a produzir em finais de 2019 – e já sabemos como os projectos da marca americana têm tendência para derrapar – não pára de receber encomendas. E se de início cada uma tinha de ser acompanhada por 5.000$, agora é necessário transferir 20.000$ para a conta da Tesla, isto para adquirir um tractor de um semi-reboque que deverá custar entre 150.000$ e 180.000$, caso tenha baterias para percorrer 480 ou 800 km.

O mercado americano consome anualmente cerca de 260.000 camiões de classe 8, com capacidade de transportar 36.000 toneladas, mas algumas empresas têm revelado interesse na possibilidade de adquirir um camião eléctrico que, simultaneamente, lhes reduzisse os custos de deslocação e diminuísse a pegada ambiental, sobretudo quando a circular dentro (ou nas proximidades) das grandes cidades.

A dona da Budweiser afirma que pretende reduzir em 30% a libertação de carbono pela sua frota até 2025, o que equivale a retirar de circulação o equivalente a 500.000 automóveis, com o Semi a ser a única ferramenta para atingir este objectivo, pelo menos enquanto não surgirem outras alternativas.

Já a dona da Pepsi, que opera regularmente os seus 10.000 camiões, confirma que faz parte do seu plano reduzir as emissões poluentes em 20% até 2030.

Segundo a Reuters, a Tesla já tem mais de 285 encomendas, o que significa que entraram na conta da empresa mais de 5 milhões a custo zero. E sobre os quais não vai ter de pagar juros.

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