“É estranho.” Foi assim que Isabel Pereira, vogal da Federação de Doenças Raras em Portugal (FEDRA), classificou à TVI o desaparecimento da denúncia entregue “por carta” ao Instituto de Segurança Social (ISS), em janeiro de 2017. “Não é plausível que uma carta desapareça na Segurança Social”, resume Luís Quaresma, vice-presidente da FEDRA que, juntamente com Isabel Pereira, garante ter entregado uma denúncia sobre a atuação de Paula Brito e Costa sobre as suas ações enquanto presidente da associação.

Os dois dirigentes denunciaram irregularidades sobre gastos da presidente que não foram aprovados pela FEDRA, mas o Instituto garantiu à TVI nunca ter recebido esse documento. A estação de televisão garante, contudo, ter tido acesso ao comprovativo de entrega, feita a 16 de janeiro, pelas 13 horas.

Uma das questões apontadas na carta, de acordo com os denunciantes, dizia respeito ao carro de alta cilindrada alugado por Paula Brito e Costa, pago pela FEDRA. “Nunca houve uma reunião que aprovasse esse aluguer e ele foi-se eternizando”, explicou Quaresma à TVI, acrescentando que o carro era exclusivamente utilizado pela própria presidente. “Andei nele duas ou três vezes — com ela.”

Outra das denúncias feitas pelos dirigentes refere-se a uma viagem feita por Paula Brito e Costa com o filho aos EUA, paga pela FEDRA. “Porquê o filho? E porquê uma viagem não autorizada previamente?”, questiona Quaresma. Isabel Pereira garante também que, quando foram pedidas explicações a Brito e Costa sobre essa viagem, a presidente “abandonou a reunião”. Os dirigentes decidiram então fazer a denúncia por carta ao ISS que, de acordo com o Instituto, nunca foi recebida.

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