Uma universidade dedicada ao ensino de farmacêutica localizada no nordeste da China decidiu proibir a celebração do Natal. Para a Liga da Juventude Comunista, que divulgou online a proibição, trata-se de uma forma de ajudar os estudantes a desevolver a sua própria “confiança cultural” e de resistir à “corrosão da cultura religiosa ocidental”, noticiou o Telegraph.

Para a organização de juventude que divulgou a medida, há jovens que estão “cegamente entusiasmados pelos feriados ocidentais, em particular os religiosos como a noite de consoada e o dia de Natal” e esta tendência tem sido notada “nos anos mais recentes”. A influência cescente é atribuída a empresas e a opiniões “enganadoras” expressas publicamente em meios como a Internet, adiantou a Liga da Juventude Comunista, que especificou: as organizações e associações de estudantes estão impedidas de prosseguir atividades relacionadas com o Natal e o mesmo sucede com entidades integradas na rede liderada por aquela Liga.

O dia de Natal não é feriado na China, mas a data tem conquistado popularidade no país, sobretudo entre as famílias de rendimentos mais elevados que habitam nas maiores cidades. A proibição agora decretada não é inédita, assinala o Telegraph. Há três anos, outra universidade, situada no noroeste da China, também aplicou uma decisão de proibição de atividades relacionadas com o Natal. Na altura, foram colocados cartazes nas instalações do campus daquele estabelecimento de ensino que desafiavam os estudantes a portarem-se como “excelentes filhos e filhas da China”, a oporem-se a “festas ocidentais kitsch” e a resistirem “à expansão da cultura ocidental” no país.

Um estudante revelou que seriam aplicadas sanções àqueles alunos que se recusassem a frequentar uma sessão de projeção de filmes de propaganda com a duração de três horas, vigiada por professores que tinham como tarefa impedir que as pessoas que estivessem a assistir abandonassem a sala. Alguns académicos assinalam que tem havido um aumento da pressão ideológica sobre a população chinesa desde que, há cinco anos, Xi Jinping assumiu a liderança política do partido comunista.

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