São vários os estudos científicos que denunciam o lado prejudicial da utilização das redes sociais e, esta sexta-feira, o Facebook reconheceu esta realidade. Numa publicação feita no blogue do Facebook, da autoria de David Ginsberg, responsável pela investigação na empresa, e pela cientista Moira Burke, a rede social fundada por Mark Zuckerberg sublinha que tudo depende do modo como a tecnologia é usada, ressalvando, contudo, o lado negativo e o lado positivo do uso das redes sociais.

“Segundo investigações, tudo se resumo à forma como se utiliza a tecnologia (…) Tal como acontece ao vivo, interagir com pessoas de quem gostamos pode ser benéfico, enquanto que estar meramente a observar pode fazer com que nos sintamos mal”, lê-se no post.

O facto de as pessoas que passam muito tempo a consumir informação, sem interagir com outras pessoas nas redes sociais, é um dos lados negativos do uso de redes sociais referido pelo Facebook, que chegou aos mais de dois mil milhões de utilizadores por mês em junho deste ano. A rede social destaca ainda um estudo da University of Michigan que demonstrou que os estudantes que liam conteúdos no Facebook durante 10 minutos ficavam de pior humor do que aqueles que publicavam coisas ou interagiam com pessoas na mesma rede social.

Mas usar redes sociais também tem o seu lado positivo: interagir com outros, nomeadamente com amigos próximos através de mensagens, publicações e até comentários, promove o bem estar das pessoas. Um estudo da Carnegie Mellon University refere que as pessoas que recebem mais mensagens, comentários e publicações notam melhoras no que toca ao apoio social, à depressão e à solidão, destaca a publicação.

“Em suma, a nossa investigação e outros estudos sugerem que tudo depende da forma como se utilizam as redes sociais no que toca ao bem estar”, lê-se no post.

Tendo em conta esta realidade, o Facebook está focado em fazer com que as pessoas passem mais tempo a interagir na rede social. Para isso, pôs em prática diversas mudanças no Feed de Notícias, criou ferramentas como para a prevenção do suicídio e o ‘Take a Break’ — que permite ao utilizador filtrar aquilo que se vê das outras pessoas e vice-versa.

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