As marcas de automóveis desportivos têm razões que, neste caso, a razão conhece e bem. Os superdesportivos são veículos algures entre o deslumbrante e o entusiasmante. Mas, para fazer volume de vendas, são necessários SUV – sem eles, não há marca que resista. E a prova é que quer a Ferrari, quer a Lamborghini enveredaram por este caminho.

A Lambo concebeu o Urus, SUV espectacular, que é lindo e promete ser (de longe) o mais desportivo de todos os SUV do mercado. Mas o Urus vai igualmente assegurar a duplicação das vendas e, como se isso não bastasse, duplicar a multidão de adeptos. Mesmo que não sejam muitos, em capacidade de compra é difícil fazer frente aos clientes da Lamborghini. Da mesma forma que a Porsche recorre ao Cayenne para sobreviver – e hoje vende mais Cayenne e Macan do que desportivos convencionais e “baixinhos” –, a Lamborghini segue-lhe as pisadas, e a Ferrari está já ao virar da esquina com o seu SUV. Ou será um FUV, de cariz mais desportivo, agora que a Lamborghini já revelou o Urus.

Mas o SUV da marca de Sant’Agata Bolognese veio colocar em evidência outros departamentos da casa, além da engenharia. Também os homens dos acessórios brilham, e a grande altura, com a vantagem das margens que deixam para o construtor chegarem a ser muito superiores às restantes. Todos os acessórios concebidos e produzidos pela Lamborghini e destinados a satisfazer os clientes dos SUV da casa têm um toque de Itália e são tão práticos quanto bonitos. Têm, contudo, um problema. São tão lindos quanto caros e, entre sapatos, polos, calças, casacos e restantes acessórios, é fácil ultrapassar em “coisinhas” o preço do próprio Lamborghini Urus…

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