“As boas notícias quanto ao rating da dívida pública não devem ser confundidas com a dívida a descer”, avisou nesta segunda-feira Vítor Caldeira. O presidente do Tribunal de Contas sublinha que os “riscos mais severos” para as finanças públicas estão associados às responsabilidades do Estado com o pagamento das pensões e com políticas para responder às alterações climáticas.

As declarações de Vítor Caldeira, citadas pelo jornal Eco, foram proferidas em conferência de imprensa de apresentação de um parecer sobre a Conta Geral do Estado de 2016. Os incêndios deste ano e o estado de seca vivido pelo país nos últimos meses são exemplos de como o Estado se vê a braços com custos associados às questões climatéricas.

Os riscos mais severos são os associados aos encargos com pensões e às consequências das alterações climáticas“, frisou Vítor Caldeira.

O Tribunal de Contas salienta que a dívida pública continua em níveis elevados, o que é fruto da “persistência dos défices orçamentais na administração central e a acumulação de elevados níveis de dívida pública”. A dívida pública total apurada pelo Tribunal atingiu 234,5 mil milhões de euros, mais 4,2% do que no período homólogo.

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