O ex-Presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse esta quarta-feira, em São Paulo, durante um encontro com jornalistas, que será candidato nas próximas eleições presidenciais do Brasil, a realizar em outubro de 2018.

Eu vou ser candidato … até ao dia em que um tribunal diga que eu não posso ser candidato”, disse o antigo chefe de Estado.

Lula da Silva foi condenado a nove anos e meio de prisão em julho pelos crimes de corrupção passiva e branqueamento de capitais num dos processos em que é réu da Lava Jato, uma operação policial que investiga desvios cometidos na Petrobras e em outros órgãos públicos do Brasil.

Recorrendo desta primeira sentença em liberdade, o ex-chefe de Estado brasileiro reiterou que é inocente e disse que aguarda com tranquilidade o julgamento de um recurso apresentado pelos seus advogados de defesa, que será analisado num tribunal de segunda instância no próximo dia 24 de janeiro.

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Aos jornalistas Lula da Silva reiterou que não queria “passar para a história como um inocente condenado” e que será absolvido.

Se a pena for ratificada, Lula da Silva estará automaticamente fora da disputa eleitoral em 2018 já que a lei brasileira proíbe condenados em segunda instância de concorrerem a cargos públicos eletivos.

No entanto, o ex-Presidente pode tentar usar brechas legais para se candidatar já que continua sendo líder em todas as pesquisas de intenção de voto realizadas no país. A melhoria da imagem pública de Lula da Silva é outro fator que o pode levar a insistir em participar na eleição.

Uma pesquisa do Instituto Ipsos, divulgada neste dia pelo jornal O Estado de S.Paulo, destacou que o ex-chefe de Estado brasileiro tem a aprovação de 45% da população, melhor índice que alcançou desde que o seu nome começou a ser vinculado a escândalos de corrupção.