Quando Jane Seymour Fonda nasceu, em 1937, a Segunda Guerra Mundial ainda não tinha começado e o filme E Tudo o Vento Levou estava a dois anos de estrear. A filha do lendário ator Henry Fonda e da socialite Frances Ford Seymour, que cometeu suicídio era Jane uma adolescente, celebra esta quinta-feira 80 anos. São oito décadas de vida que, segundo o El País, são celebradas em oito dias.

Ironia do destino, a mulher que não nega ter feito operações plásticas — as quais lhe garantiram mais uma década de carreira — tinha medo de envelhecer e nunca imaginou que fosse viver tanto tempo. “As limitações físicas não nos podem definir”, dizia Jane Fonda na conferência que a trouxe pela primeira vez a Portugal, em abril de 2016. “Eu não sou a minha dor, eu não sou a minha anca falsa. Não posso correr, mas ainda posso andar.”

Já fiz cirurgias plásticas, mas a verdadeira razão porque pareço mais jovem é a minha postura. Eu tinha medo de envelhecer [quando era mais nova] e nunca imaginei que fosse viver tanto tempo. Mas quando estamos na velhice o medo desaparece e descobrimos que ainda somos nós próprios”, disse numa conferência realizada em abril de 2016.

Jane Fonda: “Eu não sou a minha anca falsa”

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Em oito décadas de existência a atriz norte-americana assumiu vários papéis dentro e fora do grande ecrã: no currículo leva dois óscares de Melhor Atriz pela participação nos filmes Klute (1971) e Regresso dos Heróis (1978), mas também o cargo de ativista política e ambiental e a ainda experiência de modelo e guru do fitness.

Jane Fonda, nome incontornável do cinema norte-americano, casou três vezes. Primeiro com o realizador francês Roger Vadim, entre 1965 e 1973, depois com o ativista político Tom Hayden (1973-1990) e em 1991 com o magnata dos média Ted Turner, de quem se separou em 2001.“Tive casamentos que não eram… Ganhava o meu dinheiro e não era dependente de homens, mas a minha voz estava silenciada porque pensava que se eu falasse [e desse a entender] quem realmente era, eles deixar-me-iam”, contou-nos em 2016. “Aos 62 anos fiquei solteira porque decidi que não queria morrer sem perceber quem era enquanto mulher. Foi aí que me tornei feminista.” Jane Fonda marcou pela diferença, ao assumir-se, mais do que uma atriz e sex symbol, como um símbolo de independência feminina muito antes de surgirem campanhas como #MeToo em Hollywood.

Em 2017, Jane Fonda viu estrear a longa-metragem que protagonizou com Robert Redford, sendo que a série Frankie & Grace arranca para a sua quarta temporada na Netflix já em 2018.

Em fotogaleria, acompanhe o percurso de Jane Fonda ao longo dos anos.