Dos 5,5 milhões de catalães que foram chamados às urnas esta quinta-feira para escolher o novo presidente da Catalunha, alguns protagonizaram momentos curiosos. Houve uma mulher que veio do cabeleireiro para a mesa de voto. Um homem foi votar de barretina na cabeça. Uma jovem de 18 anos disse orgulhosamente que ia votar em Puigdemont.

O cabeleireiro que espere

Quando soube que Albert Rivera, o líder do partido Ciudadanos estava na escola de Santa Marta da cidade de Hospitalet de Llobregat, deixou o salão de cabeleireiro em que estava a fazer madeixas e veio cumprimentá-lo. Albert Rivera partilhou a fotografia do momento no Twitter: “Obrigado senhora, pela sua energia e carinho”.

De barretina na cabeça

Outro momento caricato marcou o dia. Em Ausiàs March, em Les Corts um senhor veio votar de barretina na cabeça — um barrete tradicional da Catalunha. Foi o mesmo local onde Inés Arrimadas iria exercer o seu momento ao voto pelo que houve vários jornalistas a captar o momento.

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Jovem de 18 anos com orgulho em votar por Puigdemont

Laura Sancho, de 18 anos, votou hoje pela primeira vez. Mas o seu voto foi especial: foi em nome de Carles Puigdemont. Isto porque o ex-presidente da Generalitat, que está em Bruxelas, não teve acesso ao voto por correspondência e não pôde votar nas eleições.

A jovem decidiu então, num gesto simbólico, ir às urnas como representante de Puigdemont, votando no Juntos pela Catalunha em nome do ex-líder catalão. “Tu, Laura, representas a alvorada da esperança”, escreveu Puigdemont no Twitter, quando partilhou a fotografia da jovem a depositar o seu boletim de voto.

Aos jornalistas presentes no local, Laura Sancho garantiu que o seu gesto visa também mobilizar os jovens para as questões políticas e sublinhou que Puigdemont merece esta atitude “mais do que ninguém, porque a sua situação política atual é horrível”.

Há três dias, Carles Puigdemont tinha partilhado no seu Instagram uma fotografia com Laura, que se deslocou a Bruxelas para se encontrar com o líder catalão destituído.

“A Laura Sancho veio a Bruxelas para me dizer que no dia 21 de dezembro poderá votar pela primeira vez e que o fará por mim, porque eu não poderei. Quero agradecer-lhe pelo gesto e pela generosidade”, escreveu Puigdemont.