Contemporal Selection Sandra Tavares da Silva Tinto 2014

6,99 euros

Os vinhos da gama Contemporal dizem respeito à marca exclusiva do Continente criada em 2009, pelo que, à partida, são particularmente fáceis de encontrar. O já premiado e duriense Contemporal Selection, concebido pela enóloga Sandra Tavares da Silva (da empresa Wine & Soul), é uma boa referência e uma boa aposta tendo em conta a relação preço/qualidade. Feito através das castas Touriga Nacional, Touriga Franca e Tinta Roriz, teve um estágio parcial em barricas de carvalho francês e apresenta uma cor rubi e aroma a frutos pretos.

Casa de Mouraz Encruzado 2016

10 euros

António Ribeiro nasceu em Mouraz, no coração do Dão, entre as vinhas da família, mas só em 2000 criou o projeto Casa de Mouraz em conjunto com Sara Dionísio, a mulher por quem se apaixonou nos tempos de estudante, em Lisboa. O primeiro vinho foi lançado um ano depois e, se ao início contavam-se apenas 10 mil garrafas, hoje já são 100 mil. Todos os vinhos derivam de castas tipicamente portuguesas e de uma agricultura biológica e, mais recentemente, biodinâmica. A bonita história ganha contornos um pouco mais tristes quando contamos que os fogos do dia 15 de outubro destruíram cerca de 50% das vinhas, bem como o armazém e a adega. Enquanto António e Sara reconstroem o negócio com a ajuda de campanhas de crowdfunding, nós sugerimos o Casa de Mouraz Encruzado 2016, feito a partir dessa casta típica do Dão, cheia de corpo e de alma.

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Quinta do Portal Late Harvest 2011

11 euros

O ano de 2011 foi o último a ser declarado “ano vintage” pelo IVDP – Instituto dos Vinhos do Douro e do Porto, facto que, só por si, acrescenta valor ao vinho desenhado pelo enólogo Paulo Coutinho, que na ficha técnica descreve-o como sendo de festa, “leve e floral, doce no palato mas com uma frescura incrível”. Este colheita tardia é fruto de duas variedades, Moscatel e Viosinho, e “cresceu” no armazém de estágio e envelhecimento de vinhos projetado pelo arquiteto Álvaro Siza Vieira.

Alvarinho Soalheiro Granit 2016

12 euros

A marca Soalheiro já quase dispensa apresentações. O mesmo não se pode dizer da garrafa que leva “Granit” no rótulo, que ainda só conheceu duas edições (a primeira diz respeito à colheita de 2015). O Soalheiro Granit revela o lado mais mineral do Alvarinho, uma das castas rainha da região dos Vinhos Verdes. As uvas que o compõem são provenientes de vinhas plantadas acima dos 150 metros de altitude, sendo que a mineralidade está também associada ao solo de origem granítica do terroir de Monção e Melgaço.

Manoella Branco 2016

13 euros

É mais um vinho produzido pelo casal de enólogos Jorge Serôdio Borges e Sandra Tavares da Silva, que encontraram do Douro não só um lugar onde viver a sua história de amor, mas também a região de eleição para produzir vinhos em conjunto. O Manoella Branco 2016 nasce de uma vinha velha a 500 metros de altitude (na sua composição estão várias casta indígenas do Douro) em solo granítico, sendo que apenas existem 2800 garrafas.

Moscatel Roxo de Setúbal Venâncio da Costa Lima 2013

14,50 euros

Foi distinguido como o melhor moscatel na 17º edição do concurso francês “Muscats du Monde” ao obter a classificação máxima entre os 214 moscatéis de 25 países em prova. De referir ainda que a Venâncio da Costa Lima é uma das adegas mais antigas da região de Palmela, tendo começado a atividade em 1914.

Ravasqueira Vinha das Romãs Tinto 2014

18 euros

Foi um dos vinhos portugueses a aparecer no top 100 da Wine Enthusiast deste ano, ocupando a 24º posição de um ranking (foram analisados mais de 20 mil vinhos). O Ravasqueira Vinha das Romãs 2014 é feito a partir das castas Touriga Franca e Syrah, com um estágio de 20 meses em barricas novas de carvalho francês. O mais curioso é que este vinho vem de uma zona onde antes existia um pomar de romãs, com as raízes da atual vinha a desenvolverem-se através das antigas raízes deste pomar.

Quinta da Viçosa Tinto 2012

24,99 euros

O tinto Quinta da Viçosa 2012 (Aragonez e Petit Verdot) recebeu 94 pontos em 100 na edição anual da revista norte-americana Wine & Spirits — está entre os 100 melhores vinhos do ano, de acordo com aquela publicação. A distinção surge numa altura em que a empresa que João Portugal Ramos pôs no mapa vinícola nacional e internacional celebra 25 anos. Curiosamente, o produtor a quem já se chamou “pai dos vinhos do Alentejo” ia, no começo de tudo, trocando uvas por ameixas.

25 anos de João Portugal Ramos. A história do produtor que ia trocando as uvas por ameixas

São Domingos Elpídio 80 Branco 2011

28,50 euros

Todos os espumantes produzidos na Caves do Solar de São Domingos, na Bairrada, seguem as regras do método clássico — o que implica uma segunda fermentação em garrafa — e nenhum deles vê a luz do dia sem estagiar por um período mínimo de dois anos (à exceção dos rosés). O “Elípidio 80”, colheita de 2011, não é exceção. O espumante que resulta da combinação das castas Pinot Noir (50%) e Pinot Blanc (50%) “dormiu” durante quatro anos no interior das caves e só agora chega ao mercado para assinalar as oito décadas de vida de uma casa que anda há muito tempo a emprestar fama à região. As caves são obra de diferentes gerações. Não obstante, tudo começou em 1937 quando um tal de Elpídio Martins Semedo mandou escavar uma parte do subsolo da sua aldeia, Ferreiros, em Anadia, para abrir galerias subterrâneas que pudessem albergar milhares de garrafas de espumante.

Estas caves já têm barbas. E milhões de espumantes também

Caminhos Cruzados Family Edition Branco 2015 1,5L

30 euros

Talvez a pensar na quadra festiva que junta à mesa a família, a Caminhos Cruzados, empresa que nasceu em 2015 e que recentemente viu ficar concluída uma adega de desgin no coração do Dão — resultado de um investimento de 2 milhões de euros –, lançou o Caminhos Cruzados Family Edition Tinto 2014 e Branco 2015 (em destaque na fotogaleria). O primeiro é feito com as castas Touriga Nacional (80%), Tinta Roriz (10%) e Alfrocheiro (10%), enquanto o branco nasce essencialmente a partir da casta Encruzado, conhecida pela sua complexidade e acidez.

Lígia cruzou-se com o vinho e mandou construir uma adega de design no Dão

Quinta do Monte D’oiro Reserva Tinto 2013

32 euros

O vinho regional de Lisboa (Syrah e Viognier) é representativo da qualidade associada aos rótulos da Quinta do Monte D’oiro, localizada em Alenquer, que em 2017 celebra 20 anos de história. O projeto é da autoria do famoso gastrónomo e excelente contador de histórias José Bento dos Santos e é gerido pelo filho Francisco. A quinta é conhecida desde o século XVII como um terroir de renome e entre os seus hectares encontram-se cinco carreiras de vinhas centenárias que aí ficaram apenas para contar boas histórias. E o porquê do nome “Monte D’oiro”? Quando o sol se põe para lá da serra de Montejunto, os tons dourados cobrem as vinhas…

O segredo de um bom vinho está na família

Vinho de Carcavelos Villa Oeiras 15 anos

34 euros

Este vinho de Carcavelos é o resultado de uma parceria bem sucedida entre o Ministério da Agricultura e o Município de Oeiras. O Villa Oeiras (de 7 e 15 anos, 20 e 34 euros respetivamente) é produzido na Adega Casal da Manteiga, em Carcavelos, inserida na antiga Quinta de Recreio do Marquês de Pombal, figura que levou a fama do vinho licoroso além fronteiras. Na quinta onde nasce o néctar contam-se 12,4 hectares de vinha que estão particularmente perto do mar — a influência atlântica traduz-se ao nível da frescura e da acidez.

Quinta da Gaivosa tinto 2013

34,90 euros

O Quinta da Gaivosa tinto 2013, símbolo da quinta que nasceu há 25 anos, é a última colheita a chegar ao mercado — apresenta uma cor rubi, aromas a frutos do bosque, entre outros, e na boca mostra-se sólido e com bastante estrutua; o potencial de envelhecimento é claro. O tinto duriense é reflexo da dedicação da família Alves de Sousa àquela região, que diz nativa do Douro. O primeiro rótulo foi lançado há 25 vindimas e apenas existem 12 colheitas do vinho que, à semelhança de outros Douros de mesa de renome, só nasce em anos excecionais.

25 anos da Quinta da Gaivosa. Pai e filho “nativos do Douro” estão de parabéns

Pêra Manca Branco 2015

35 euros

De vinhas com 30 anos de idade nasce a colheita de 2015 do Pêra Manca Branco (Antão Vaz e Arinto). Apesar de não gozar de tanta fama quanto o seu o homónimo tinto, cujo ano 2013 chegou ao mercado em novembro, é um vinho bem feito, com um volume interessante e elegância intrínseca. O rótulo em causa estagiou em depósitos de aço inoxidável e em barrica durante 12 meses e outros seis em garrafa, nas caves do Mosteiro da Cartuxa.

2013 é ano de Pêra-Manca, o vinho que o Alentejo abençoou (e vice-versa)

Taylor’s 325º Aniversário Edição Limitada Porto

35 euros

O vinho surgiu para celebrar os 325 anos da fundação da Taylor’s, que nasceu no remoto ano 1692. Apesar do simbolismo, o Porto de edição limitada tem um preço particularmente acessível e um design apelativo: a garrafa especialmente desenvolvida para a edição comemorativa é baseada numa antiga garrafa selada do final do século XVII e tem inscrita a data da fundação da empresa. Para produzir o lote em causa os enólogos da casa selecionaram de entre as reservas de vinhos que envelhecem em madeira nas caves da empresa os melhores componentes destinados aos futuros Tawnies de 10, 20, 30 e 40 anos.

Poças Júnior Símbolo 2014

38 euros

A colheita de 2014 é a mais recente deste vinho, tido como o topo de gama da Poças Júnior, que em 2018 celebra 100 anos de existência. O vinho é o resultado da primeira parceria da casa duriense com o enólogo de Bordéus Hubert de Boüard e ainda antes de ser lançado já arrancava elevadas pontuações às revistas da especialidade: 94 pontos na Wine Enthusiast, 92 na Spectator e 90 na Wine Advocate. O Símbolo 2014 — cujo rótulo prima pela simplicidade e originalidade, estagiou um ano em garrafa, depois de ano e meio de estágio em barrica (existem apenas 5 mil garrafas).

AdegaMãe Terroir Branco 2014

40 euros

O vinho é apenas engarrafado em anos especiais, dado o compromisso de qualidade, e expressa uma óbvia (e sempre bem-vinda) influência atlântica. O topo de gama da AdegaMãe, adega de design plantada no coração da região vitivinícola de Lisboa, conheceu a sua primeira edição com a colheita de 2013. O sucessor nasce no ano seguinte e chega agora ao mercado numa edição exclusiva e numerada de apenas 2677 garrafas. Um dos meninos dos olhos bonitos dos enólogos Anselmo Mendes e Diogo Lopes apresenta notas de salinidade e mineralidade, características que casam bem com o projeto da AdegaMãe, essa varanda ampla com vista privilegiada para as vinhas de Lisboa.

AdegaMãe. Uma varanda virada para as vinhas de Lisboa

Sandeman Porto Vintage Quinta do Seixo 2015

49,50 euros

A Quinta do Seixo, situada na sub-região do Cima Corgo, no Douro, merece uma visita só por si. Os vinhos que aí nascem (e que aí podem ser provados) são um acrescento à sua beleza. Este, em particular, é uma sugestão digna de um embrulho bonito. O vinho leva na sua essência as castas Touriga Franca, Touriga Nacional, Tinta Roriz, Sousão e ainda algumas uvas provenientes de vinhas velhas. Haja cor e aromas intensos.

Carvalhas Vinhas Velhas Tinto 2015

50 euros

A sugestão tem o selo da Real Companhia Velha, que em 2016 completou 260 anos de vida — para quem não sabe, a empresa está para a histórica demarcação do Douro como um cacho de uvas está para o vinho (a RCV nasceu com a missão de estabelecer a Região Demarcada do Douro e organizar o sector do vinho do Porto). O vinho em questão, oriundo da Quinta das Carvalhas, é o ex-líbris da casa e recentemente recebeu 94 pontos atribuídos pela publicação The Wine Advocate do conhecido crítico de vinhos Robert Parker.

Escondido Branco 2015

60 euros

A morada da quinta de difícil acesso onde o vinho nasce permanece um mistério. O enólogo e crítico de vinhos Aníbal Coutinho limita-se a contar que fica na região vitivinícola de Lisboa e deixa a pairar no ar o mistério em torno do vinho que conhece, agora, a sua primeira edição com base em uvas brancas (Arinto, na sua grande maioria), oriundas de uma vinha com 10 anos, plantada algures entre Sintra e Mafra. A localização, ainda que incerta, garante uma forte influência do Oceano Atlântico. O rótulo, esse, é da autoria de Fernando Ávila, arquiteto e sogro do enólogo.

Casa Ferreirinha – Antónia Adelaide Ferreira tinto 2013

80 euros

É a quinta edição de um vinho feito em homenagem à Ferreirinha e o primeiro a ser lançado (e apresentado à imprensa) no dia do seu aniversário (4 de julho) — se fosse viva, teria 206 anos. Diz quem sabe que a colheita de 2013 é particularmente mais discreta que a de 2011, que foi um ano mais quente. Não obstante, o vinho certamente servirá para brindar a grandes mulheres. É do enólogo Luís Sottomayor, que também é responsável pelos rótulos Barca Velha e Reserva Especial, e estima-se que atinga o seu apogeu entre o quinto e o décimo ano.

Herdade do Peso Ícone Tinto 2014

85 euros

É mesmo um vinho de peso, não fosse ele o topo de gama da herdade alentejana, apenas declarado em anos de excelência. O vinho nasce da junção das castas Alicante Bouschet (96%) e Syrah (4%) e mostra-se no copo com uma cor profunda, à qual se junta o aroma complexo, ideal para acompanhar pratos de carne mais elaborados e especialidade de caça.

Herdade do Mouchão Tonel nº 3-4 Tinto 2011

140 euros

O Tonel nº 3-4 (100% Alicante Bouschet) é o ex-líbris da Herdade do Mouchão e há motivos para isso. O vinho é trasfegado para os tonéis 3 e 4 — de carvalho português, macacaúba (madeira brasileira) e mogno –, uma vez que, em tempos, se descobriu que os vinhos que ali estagiavam resultavam sempre melhor do que o esperado. A fama ficou. O proveito também. A herdade mora num Alentejo profundo e é particularmente conhecida pelos vinhos de guarda (daqueles que aguentam muito tempo na garrafa).

Herdade do Mouchão. O vinho faz-se de tradições e costumes

Reserva Especial 2009

175 euros

O Reserva Especial 2009 (45% Touriga Franca, 30% Touriga Nacional, 15% Tinta Roriz e 10% Tinto Cão) chegou ao mercado em outubro com um pvp de 175 euros, um preço significativamente diferente daquele associado ao Barca Velha, cuja colheita de 2008 está quase nos 600 euros. Falar de Reserva Especial e não falar de Barca Velha é como dissociar a famosa Ferreirinha do Douro. Um não existe sem o outro, uma vez que ambos são feitos da mesmíssima maneira. O que em última instância define o nome que segue no rótulo é a natureza em si. Basta existir a menor das dúvidas para um vinho não ser declarado Barca Velha, sendo, assim, batizado Reserva Especial. Mas o carisma da região e de quem faz o vinho está todo lá e a promessa de sucessivos brindes também.

Reserva Especial 2009. Chegou o irmão mais novo do Barca Velha