O Presidente do Peru, Pedro Pablo Kuczynski, anunciou que concedeu perdão humanitário ao antigo chefe de Estado, Alberto Fujimori, condenado a uma pena de 25 anos de prisão por abuso de direitos humanos e corrupção.

Numa nota oficial divulgada no domingo à noite, lê-se que “o Presidente do Peru, usando os poderes que lhe são conferidos pela Constituição, decidiu conceder perdão humanitário a Alberto Fujimori e a outros sete presos”.

Alberto Fujimori, de 79 anos, já havia pedido o perdão em meados deste mês devido ao seu estado de saúde debilitado.

Segundo o comunicado agora emitido pela Presidência do Peru, uma junta médica avaliou a situação e verificou que Alberto Fujimori sofre de “uma doença progressiva, degenerativa e incurável”.

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A mesma estrutura considerou que as condições que o antigo governante tinha na prisão significariam um risco grave para a sua vida, saúde e integridade.

No sábado, Alberto Fujimori foi transferido da prisão, onde cumpre uma pena de 25 anos de cadeia, para uma clínica da capital, Lima, devido a tensão arterial baixa e arritmia, anunciou o seu médico.

Presidente do Peru de 1990 a 2000, Alberto Fujimori cumpre desde 2007 uma pena de 25 anos de prisão por corrupção e crimes contra a humanidade.

Durante a presidência de Ollanta Humala (2011-2016), os filhos de Alberto Fujimori apresentaram um pedido de indulto por razões humanitárias, que foi rejeitado por o seu estado de saúde não ser grave.

Logo após a eleição de Pedro Pablo Kuczynski submeteram outro pedido nesse sentido que acabou por ser retirado após a recusa do atual chefe de Estado em avaliar essa opção.

Durante a transferência de ambulância, da prisão para a clínica particular em Lima, Alberto Fujimori foi acompanhado pelo seu filho mais novo, o deputado Kenji Fujimori, que disputa a herança política do pai com a sua irmã Keiko.