A ministra dos Negócios Estrangeiros canadiana, Chrystia Freeland, anunciou esta segunda-feira que será proibido o regresso do embaixador venezuelano ao país, bem como a expulsão do encarregado de negócios de Caracas, que passa a ser considerado persona non grata. “Os canadianos não vão ficar parados a assistir enquanto o Governo da Venezuela rouba ao seu povo os direitos democráticos e humanos fundamentais e lhe nega o acesso a ajuda humanitária básica”, declarou a ministra num comunicado.

A decisão surge um dia depois de o presidente da Assembleia Constituinte venezuelana, Delcy Rodriguez, ter declarado tanto o embaixador brasileiro como o encarregado de negócios canadiano persona non grata no país. Em causa, diz Caracas, está o facto de governos estrangeiros estarem e tentar “encorajar” um golpe de Estado. A Venezuela já tinha retirado o embaixador do Canadá em protesto contra as sanções impostas em setembro ao Executivo de Nicolás Maduro.

“Esta ação é típica do regime de Maduro, que tem consistentemente minado todos os esforços para restaurar a democracia e para ajudar o povo venezuelano”, pode ler-se ainda no comunicado da representante da diplomacia canadiana.

As sanções impostas pelo Canadá à Venezuela, recorda a Reuters, atingiram 40 representantes venezuelanos e tinham o objetivo de os atacar pelo seu “comportamento anti-democrático”. Entre esses representantes está o próprio Maduro, bem como ministros e juízes do Supremo Tribunal.

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