Fábio Coentrão foi um pouco de tudo na sua adolescência: padeiro, pintor, ajudante nas obras. Mas, se não fosse jogador de futebol, o que mais queria era seguir as pisadas do pai, que passava temporadas no Canadá na pesca do bacalhau, e tornar-se pescador. “Felizmente tive a oportunidade de ser jogador de futebol e estou muito feliz por tudo o que me aconteceu neste mundo. Lembro-me que a minha mãe trabalhava na fábrica de conservas e eu ia com ela, passava lá as manhãs todas, ao lado dela, porque não podia ficar noutro local, numa escola ou num colégio”, contou em entrevista ao canal do Real Madrid, sobre um tempo onde ainda vivia com os país, que entretanto emigraram para França para terem melhores condições para a família e o deixaram com a tia.

[Veja no vídeo as outras peripécias de Coentrão fora de campo]

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Gosto muito das Caxinas, das pessoas… É uma terra que adoro e onde dou tudo. Quando acabar a minha carreira, quero voltar porque é lá que sou feliz. Apesar das dificuldades, as pessoas vivem bem. Porque gosto tanto? Porque as pessoas das Caxinas são como eu”, destacou o internacional português na mesma entrevista.

Sempre que pode, Coentrão ruma à sua terra e convive com os amigos, alguns ligados também ao futebol como André Vilas Boas, com quem passou o Natal, ou Salvador Agra, com quem comemorou a conquista do Campeonato da Europa da Seleção, como aconteceu no ano passado (foto em cima). E valoriza as tradições da terra.

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Por altura do Natal, o esquerdino do Real Madrid emprestado ao Sporting colocou uma fotografia com família e amigos que rapidamente se tornou viral, motivou inúmeros comentários e chegou mesmo a Espanha, com vários órgãos a dar conta dessa história nascida através de uma única imagem. Que, afinal, mais não era do que manter uma das mais antigas formas de celebrar a data pelos locais.

O invulgar tweet de Natal de Fábio Coentrão que se tornou viral e chegou a Espanha

“O Natal é uma época marcante na comunidade piscatória da Póvoa de Varzim. Tempo de encanto, de alegria e tradições muito próprias, de grande significado para a gente do mar (…) A ceia, uma mistura de prazer da mesa e culto religioso, era um festival permanente de boa disposição, de cantorias e recordações. Lembravam-se vivos e mortos, com algumas orações a preceder a refeição maior. Para o pescador poveiro, na noite de consoada, o ruivo e o peixe seco eram pratos ‘obrigatórios’. Toda a gente comia no chão e geralmente na cozinha, onde a lenha do fogão servia de aquecimento central”, explica a Câmara Municipal da Póvoa de Varzim na página oficial, numa tradição que extensível também a Vila do Conde e às Caxinas.

Sporting. Como fazer a (segunda) metamorfose de Fábio Coentrão?