A greve dos trabalhadores dos registos e do notariado, que começou esta quarta-feira e se prolonga até sábado, está a ter uma adesão a rondar os 90%, segundo dados do sindicato fornecidos à Agência Lusa.

Segundo o presidente do Sindicato dos Trabalhadores dos Registos e do Notariado (STRN), “a greve nas primeiras horas da manhã de hoje teve uma adesão de cerca de 90%, afetando, nomeadamente, os serviços de Lisboa e Porto, que estão praticamente parados”.

O sindicato, que tem cerca de quatro mil associados, está em protesto contra a não inclusão das suas reivindicações no projeto de revisão das carreiras, criticando o Ministério da Justiça pela não inclusão de várias exigências, designadamente a licenciatura em Direito para ingresso na carreira dos Oficiais dos Registos.

Outra das reivindicações dos trabalhadores prende-se com a manutenção da carreira pluricategorial dos oficiais em três categorias. O STRN pretende ainda o reconhecimento dos oficiais dos Registos desempenham tarefas com “o grau de complexidade funcional 3”, referindo que, desde sempre, os oficiais dos registos substituem os conservadores.

Para o sindicato, esta greve de quatro dias comporta também um forte protesto para que sejam resolvidos todos os problemas que constam da agenda sindical, nomeadamente condições de trabalho, abertura de concursos, acabar com as mobilidades, integração dos trabalhadores do notariado e adjuntos nas respetivas carreiras, falta de transparência e equidade.

Salvaguardados como serviços mínimos estão os testamentos e os casamentos articulo mortis, isto é, em caso de morte iminente de uma das pessoas.

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