O parlamento italiano foi dissolvido esta quinta-feira pelo Presidente do país, Sergio Mattarella, que assinou um decreto esta quinta-feira e consequentemente lança o país rumo a eleições, escreve a Reuters. As legislativas em Itália vão realizar-se a 4 de março de 2018, decidiu o Governo.

A decisão da dissolução do parlamento foi comunicada após reuniões entre Mattarella, o primeiro-ministro e os presidentes da Câmara dos Deputados, Laura Boldrini, e do Senado, Pietro Grasso. O parlamento tinha sido eleito em fevereiro de 2013.

De acordo com o Financial Times, Gentiloni disse numa conferência de imprensa que tinha atingido o objetivo de dar uma “conclusão ordenada” à legislatura, com a aprovação do orçamento para 2018, e considerou que a Itália, que atravessou a sua pior crise económica do período do pós-guerra, estava novamente “no rumo certo”.

A liderar as sondagens das próximas eleições italianas está o Movimento 5 Estrelas (Movimento 5 Stelle), partido anti-sistema formado por Beppe Grillo, comediante, e Gianroberto Casaleggio, ativista político. Na segunda posição encontra-se o Partido Democrático, de Paolo Gentiloni, seguido do Forza Italia de Silvio Berlusconi, que se juntou com os regionalistas do Lega Nord.

Em sete décadas de democracia, a Itália já teve 64 governos. Desde 2013, a Itália teve três primeiros-ministros: Enrico Letta, Matteo Renzi e Paolo Gentiloni, todos do Partido Democrata (PD). Gentiloni deverá manter-se em funções até à constituição do novo parlamento. O seu mandato poderá, no entanto, prolongar-se, caso os resultados relancem a incerteza na política italiana.

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