Tomás Correia, presidente da Associação Mutualista Montepio, critica os “muitos que falam e escrevem, sem procurar esclarecimento” sobre a situação da mutualista, garantindo que esses comentários só “estimulam” os responsáveis da mutualista. Os comentários foram proferidos na noite de quarta-feira, dia em que foi aprovado por maioria o plano de ação e orçamento de 2018, numa altura em que se aguarda a provável entrada da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa (SCML) no banco Montepio.
“O Montepio é a mais representativa Instituição da Economia Social, composto por mais de 600 mil portugueses, das mais diversas condições, sendo o maior exemplo da capacidade associativa da nossa sociedade civil. E, essa característica tantas vezes esquecida por muitos que falam e escrevem, sem procurar esclarecimento, só nos responsabiliza, mas também nos estimula, para dar continuidade a este projeto, e fortalecê-lo como pilar do desenvolvimento da Economia Social e Cooperativa, previstos no quadro da Lei Fundamental da República Portuguesa”.
Citado pela TSF e pelo jornal Eco, num comunicado de Tomás Correia pode ler-se que o responsável garante que irá continuar “o trabalho de afirmação do papel da Associação, nas diversas vertentes da sua missão mutualista, como a maior entidade do seu género em Portugal e das maiores da Europa, assim como, reforçar o papel nuclear e motor dinamizador do Grupo Montepio, que contribua para potenciar o Setor Mutualista e a Economia Social”.
O objetivo é “reforçar o aproveitamento do potencial existente, em conjugação com a perspetiva de continuação da melhoria das condições envolventes, tanto a nível de mercado, como em termos da exploração da principal entidade do grupo”. Em referência à caixa económica, Tomás Correia salienta que, “competentemente”, a associação reforçou os capitais da instituição financeira, tornando-a “numa das mais sólidas instituições financeiras do nosso mercado”. Isto sem prejuízo da possível “conjugação de esforços com outras instituições da mesma natureza que, voluntariamente, estejam motivadas para participar”.
Ter, no Grupo Montepio em particular, e na sociedade portuguesa em geral, uma Instituição Financeira da Economia Social robusta, sólida, portuguesa, resiliente a crises como a que recentemente atravessámos, sem qualquer necessidade de ajuda financeira pública e sem alienar capital a grupos privados ou estrangeiros, possibilitará no curto prazo uma progressiva otimização e geração de valor, parte integrante do pilar estratégico de fortalecimento do Setor Social, característico de países e sociedades desenvolvidas, e possível com a conjugação de esforços com outras instituições da mesma natureza que, voluntariamente, estejam motivadas para participar”, acrescentou António Tomás Correia.
Aprovado plano de ação e orçamento para 2018 da Associação Mutualista Montepio