Nove pessoas morreram e cinco ficaram feridas na sequência de um ataque terrorista contra a igreja copta de Mar Mina, em Helwan, a sudeste do Cairo, confirmou o Ministro do Interior egípcio. Entre as vítimas mortais contam-se dois militares, um agente da polícia e o responsável pelo atentado, identificado como sendo Ibrahim Ismail Mostafa.

Mostafa, que já esteve envolvido em atentados anteriores, foi abatido pelas autoridades enquanto tentava forçar o cordão de segurança no exterior da igreja, disparando contra as portas, detalhou uma fonte policial à EFE. A fonte referiu também que o assaltante levava explosivos, sem especificar o tipo, e que estava acompanhado por um segundo terrorista, que terá sido detido pelas autoridades pouco tempo depois.

Esta informação não foi confirmada pelo Ministério do Interior egípcio, que não clarificou se o atacante agiu sozinho ou se o ataque armado envolveu outros mais atacantes. O atentado não foi ainda reivindicado.

As igrejas cristãs egípcias costumam reforçar as medidas de segurança durante esta época (o Natal copta é celebrado no dia 7 de janeiro), uma vez que a maioria dos cristãos egípcios segue o rito ortodoxo. Nos últimos dias, o Presidente do Egito, Abdel-Fattah el-Sissi, promoveu várias reuniões com os altos chefes de segurança para discutir as medidas a tomar.

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Os cristãos coptas constituem 10% da população egípcia (mais de 90 milhões de pessoas), tendo um historial longo de discriminação numa nação maioritariamente muçulmana.

Entretanto, o grupo ‘jihadista’ Estado Islâmico (EI) reivindicou o ataque. Em comunicado difundido pelo organismo de propaganda Amaq, o EI refere que “um grupo de combatentes dependentes do EI realizou um ataque contra a igreja de Mar Mina”.

Artigo atualizado às 19h57 com a informação disponibilizada pelo Ministério do Interior egípcio