A ex-Presidente sul-coreana, atualmente a ser julgada por corrupção, vai também ser acusada de ter desviado o equivalente a milhões de euros de fundos dos serviços secretos, noticiaram esta quinta-feira os ‘media’ locais. Destituída pelo parlamento a 9 de dezembro de 2016, Park Geun-hye terá recebido todos os meses, de 2013 a meados de 2016, entre 50 e 200 milhões de won (39 mil e 156 mil euros) do serviço de informações (NIS), disse o Ministério Público aos órgãos de comunicação social sul-coreanos.

Estas somas eram entregues por agentes dos serviços secretos aos conselheiros de Park em parques de estacionamento ou em ruas pouco frequentadas em redor da presidência, de acordo com os ‘media’. O dinheiro era proveniente de “fundos especiais” que o NIS podem usar sem prestar contas, indicou a agência noticiosa sul-coreana Yonhap.

Primeira mulher eleita chefe de Estado na Coreia do Sul, Park está a ser julgada desde maio em 18 acusações, incluindo corrupção, coerção e abuso de prisão, e incorre em prisão perpétua. A ex-Presidente terá recebido milhões de euros dos maiores conglomerados do país, como a Samsung. Park está também a ser julgada por ter deixado uma amiga, Choi Soon-sil, envolver-se em assuntos de Estado.

Depois de o tribunal ter decidido prolongar por seis meses a detenção provisória, a antiga chefe de Estado recusou, em outubro, voltar a assistir ao julgamento. Entretanto, a sua equipa de defesa demitiu-se e acusou o tribunal de ser parcial, tendo Park recusado cooperado com os defensores públicos.

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