França espera que os debates e convenções de cidadãos sobre questões europeias, propostos pelo Presidente Emmanuel Macron, possam começar na próxima primavera, afirmou esta quinta-feira o ministro dos Negócios Estrangeiros francês, Jean-Yves Le Drian.

O presidente francês avançou a proposta no discurso que pronunciou em setembro na Sorbonne, em Paris, sobre a sua visão para uma refundação da UE.

Trata-se de “um projeto partilhado com o conjunto dos Estados membros e para o qual o presidente [do Conselho Europeu, Donald] Tusk ficou de definir um método no primeiro trimestre [de 2018]”, disse o ministro francês ao intervir no Seminário Diplomático, a reunião anual dos embaixadores portugueses, em Lisboa.

“Esperamos que já a partir da primavera, essas consultas permitam aos cidadãos europeus debater, envolver-se na União e refundá-la para as próximas décadas”, afirmou.

Le Drian sublinhou que “a refundação da Europa não pode ser feita sem os povos”, mas que há um “sentimento de desconexão entre o cidadão e o decisor europeu”, que se “instalou de forma consideravelmente profunda” e não pode ser negado.

“Derrubar essa perceção é, portanto, um objetivo essencial para que os nossos cidadãos recuperem a confiança na Europa e no seu projeto”, disse.

Le Drian centrou o seu discurso na “refundação da Europa”, enumerando alguns dos desafios que ela implica no âmbito da segurança e defesa, migrações e fronteiras, evocando neste aspeto a necessidade do alargamento, mas frisando que ele deve obedecer a uma “política exigente”.

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