O Presidente da Guiné-Bissau, José Mário Vaz, ouviu esta quinta-feira os principais atores políticos do país para tentar, sem sucesso, encontrar uma saída para a crise política, já que persistiram as divergências.

O presidente do Parlamento, Cipriano Cassamá e o líder do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), Domingos Simões Pereira, reafirmaram a defesa do Acordo de Conacri como solução para saída da crise.

O Acordo de Conacri é um documento patrocinado pelos líderes da África Ocidental como caminho para terminar com o impasse na Guiné-Bissau cujos principais eixos têm que ver com a nomeação de um primeiro-ministro de consenso de partidos com assento no Parlamento e que gozasse da confiança do chefe do Estado.

Alberto Nambeia, líder do Partido da Renovação Social (PRS) e Luís Oliveira Sanca, em representação da coordenação dos 15 deputados expulsos do PAIGC, disseram ter sugerido ao Presidente guineense que a saída da crise passa pela aplicação do acordo mas acompanhado do roteiro proposto por José Mário Vaz.

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Numa cimeira de líderes da Comunidade Económica de Estados da Africa Ocidental (CEDEAO), realizada na Nigéria, no passado mês de dezembro, o Presidente guineense apresentou aos seus pares um roteiro para a implementação do Acordo de Conacri.

No essencial, o roteiro passa pela reintegração dos 15 deputados no PAIGC, sem reservas, e desta forma, José Mário Vaz, aceitaria exonerar Umaro Sissoco Embaló do cargo de primeiro-ministro e nomear uma outra figura.

Também ouvido esta quinta-feira pelo Presidente guineense, Umaro Embaló disse que se vai manter no cargo de primeiro-ministro enquanto continuar a merecer a confiança de José Mário Vaz e de “grande parte de deputados” no Parlamento.