O Governo de Macau admitiu, esta sexta-feira, falhas no âmbito da segurança nas fronteiras do território na sequência de um incidente recente em que um veículo entrou de forma violenta na Região Administrativa Especial procedente da China.

Este caso “demonstrou a existência de uma grande lacuna no âmbito da segurança dos postos fronteiriços de Macau” e “falta de comunicação entre os serviços de execução da lei das duas fronteiras”, afirmou o secretário para a Segurança, Wong Sio Chak, citado num comunicado divulgado pelo seu gabinete.

“Apesar da aplicação de mecanismos urgentes por parte da Polícia de Macau que permitiram rastear e intercetar” o veículo da China – e o respetivo condutor – que “entrou violentamente em Macau” por um dos postos fronteiriços, o secretário para a Segurança “manifestou-se surpreendido” com o episódio que teve lugar há dias.

Neste sentido, ordenou uma investigação e instruiu os Serviços de Alfândega de Macau e o Corpo de Polícia de Segurança Pública para que efetuem “trabalhos de revisão” e coloquem em “rápida execução” medidas de “consolidação e reforço da comunicação e da troca de informações” com as autoridades da China para evitar que casos semelhantes a este se repitam, refere a mesma nota.

O secretário para a Segurança também deu ordens a todos os serviços sob a sua tutela para que procedam “ao melhoramento necessário dos mecanismos permanentes inerentes às suas funções, revendo periodicamente os equipamentos, as medidas de segurança dos postos fronteiriços e das instalações sensíveis, avaliando riscos futuros e a forma de reagir adequadamente, devendo, em tempo oportuno, colmatar as lacunas das medidas de segurança no intuito de eliminar todos os tipos de riscos possíveis”.

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