“O meu botão é maior e mais poderoso do que o dele e o meu funciona!”. Quem o disse foi o presidente norte-americano, Donald Trump, através do Twitter, referindo-se a um “botão nuclear”. Trump respondia ao líder norte-coreano, Kim Jong-un que, dois dias antes, tinha dito que o seu “botão nuclear” continua na sua “secretária”. “Não se trata de uma chantagem, mas da realidade”, disse ainda. Face a esta troca de palavras, surge uma questão: que botão é este?.
Nenhum. Este “botão nuclear” não existe. O único botão que existe na mesa de Trump é, de acordo com a CNN, um pequeno botão vermelho que serve para o presidente chamar um empregado para pedir o que precisar. Pete Souza, fotógrafo oficial do ex-presidente Barack Obama, publicou na sua página do Instagram onde mostra o botão vermelho na secretária da sala oval da Casa Branca.
Não é um botão mas é uma mala. Ainda assim, ao contrário da crença popular, o “nuclear football” — a mala preta que acompanha sempre os presidentes dos Estados Unidos — não contém um botão. A mala contém guias e documentos que Trump — ou qualquer outro presidente norte-americano — usaria para autorizar o uso de armas nucleares, esteja ele em qualquer lado do mundo.
O sistema não é um botão na mesa, onde o presidente pode acidentalmente se apoiar e imediatamente fazer com que os mísseis sejam lançados. Acho que seria o horror”, explicou PeterFeaver, professor de Ciência Política na Universidade Duke, à CNN.
Na mala, existe um livro preto com opções de lançamento, um cartão com códigos de autenticação para que o presidente confirme a sua identidade, uma lista de bunkers seguros onde o presidente pode ser protegido e instruções para usar o sistema de emergência.
Para lançar um míssil nuclear, Donald Trump teria de colaborar com assessores do exército — que têm o material necessário para lançar um míssil –, com comandantes e membros de serviço que trabalham com essa tecnologia.