O ministro chinês dos Negócios Estrangeiros, Wang Yi, vai visitar Angola e São Tomé e Príncipe, entre 12 e 16 de janeiro, na sua primeira deslocação ao estrangeiro este ano, avançou esta terça-feira fonte diplomática chinesa. A viagem de Wang Yi a África inclui ainda paragens no Ruanda e Gabão.

Há mais de duas décadas que o ministro chinês dos Negócios Estrangeiros começa sempre o ano com uma viagem ao continente africano. “A continuação de Wang com esta tradição demonstra que a China presta consistentemente grande atenção aos laços entre China e África”, afirmou esta terça-feira Lu Kang, porta-voz da diplomacia chinesa.

A visita de Wang Yi servirá ainda para preparar o Fórum de Cooperação entre China e África, que será organizado, este ano, na China. O país asiático tornou-se, em 2009, o maior parceiro comercial de África. Pelas estatísticas chinesas, em 2015, o comércio China-África somou 169 mil milhões de dólares (141 mil milhões de euros).

No ano passado, Angola foi o terceiro maior fornecedor de petróleo à China, depois da Rússia e da Arábia Saudita. Cobre, ferro e outras matérias-primas pesam também muito na balança comercial. Depois de a guerra civil em Angola ter acabado, em 2002, a China tornou-se um dos principais atores da reconstrução do país, nomeadamente das suas estradas, caminhos-de-ferro e outras infraestruturas. Números oficiais de Luanda apontam que há quase 260 mil chineses a viver em Angola.

Em dezembro de 2016, São Tomé e Príncipe anunciou o reconhecimento da República Popular da China, rompendo com Taiwan, a ilha onde se refugiou o antigo governo chinês depois de o Partido Comunista (PCC) tomar o poder no continente, em 1949.

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