Os resultados oficiais das vendas do Grupo Volkswagen em 2017 irão ser revelados apenas a 17 de Janeiro, com os resultados financeiros a serem publicados no final do mês, mas fonte do conglomerado germânico revelou ao jornal alemão Bild am Sonntag que terão sido comercializados cerca de 10,7 milhões de veículos no ano transacto – a que corresponde uma receita de 220 mil milhões de euros, superior aos 217 mil milhões de 2016. A confirmar-se esta performance, a Volkswagen continua assim a liderar as vendas mundiais, à frente dos grupos Toyota, Renault-Nissan-Mitsubishi e General Motors (GM).

Esta alegada inconfidência de um quadro do grupo alemão não será propriamente uma surpresa absoluta, especialmente porque já nos valores relativos a Junho de 2017, considerando as vendas da primeira metade de 2017, o Grupo Volkswagen liderava as vendas globais com 5.092.247 unidades, à frente dos consórcios liderados pela Renault-Nissan (4.650.954), Toyota (4.647.521), GM (3.878.426), Ford (3.092.299), Hyundai-Kia (3.114.652), Honda (2.509.365), Fiat Chrysler Automobiles (2.415.485), PSA (1.957.180) e Mercedes (1.340.537). O que deixava desde logo antever que, se o Dieselgate não afectou a performance do construtor alemão em 2016, o primeiro ano completo desde que o escândalo foi tornado público, certamente não o impediria de ser um dos favoritos à liderança do mercado em 2017.

Os 10,7 milhões de veículos comercializados em 2017 pela Volkswagen representam um crescimento de 3,9% face aos 10,3 milhões de 2016, ano em que o grupo germânico liderou igualmente o mercado, e permitem algum conforto face aos resultados obtidos pela Toyota, que ainda não são públicos, apesar do fabricante nipónico ter afirmado há cerca de um mês que esperava atingir um valor em torno dos 10,35 milhões de unidades. Uma diferença pois de 400.000 veículos, cerca do dobro do que permitiu à Volkswagen bater a Toyota em 2016.

Resta conhecer os valores do grupo liderado pela Renault e que inclui os japoneses da Nissan e da Mitsubishi, embora seja pouco provável que as marcas lideradas por Carlos Ghosn tenham conseguido bater a Volkswagen.

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